Alma
em brasa
Abraço
os versos sobreviventes
(Muitos
de seus autores já se foram)
Agradeço
imensamente aos que pegaram a caneta, o lápis, a máquina de datilografar, a
pena, o que quer que seja...
Para
deixarem palavras
Clarice
um dia escreveu para as irmãs:
"Sou
doente da alma"
E
nessa doença sem cura
Escrever
é a minha anestesia
Quem
me dera existisse morfina para a alma...
Eu
seria um viciado assumido.
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