quinta-feira, 24 de dezembro de 2015

Por todos que pegaram suas canetas
Lápis
Penas
Teclados
Máquinas de datilografar

Por todos os rabiscos
Desenhando versos
Auges da dor
Gritos em silêncio

Por toda sede de ceder
Para beber um mundo melhor

Pela fome de beleza
(a mais distante, a mais rara)
Arrancada de dentro...

Do seio da poesia


Mergulhos profundos
Profundamente imprevisíveis
Sensíveis seres...

...Humanos de verdade

Somos unha e carne
Mas não só carne e unha

Os dedos, as mãos, os braços, o corpo inteiro

Sobretudo, o coração

Sobretudo, a alma

O todo


Poderia eu agradecer, mas não
Não foi por obrigação que o fizeram, eu bem sei

Salva-vidas de almas

Às vezes
Preciso de remédios
Mais forte que venenos



Overdose de poesia



E o meu coração...


A

dor

mece

terça-feira, 22 de dezembro de 2015

Passei mal
Cirurgia às pressas

O médico impressionou-se com o que via

E, aos poucos
Foi tirando, letra por letra
Formando, em cima da mesa
Toda suja de sangue...

Uma poesia




Respiraram aliviados...





Voltei a respirar

quarta-feira, 16 de dezembro de 2015

Plante a semente

E tenha a consciência, a paciência

Que cada tipo diferente

Tem o tempo certo

Para germinar...
.
.
.

E você chegou, guria.

E fazia tempo...

Que eu não fazia poesia.
Uma menina tão diferente...

A poesia (re)presa...

Inundou o papel.

terça-feira, 8 de dezembro de 2015

E se você deixasse a razão de lado
Razão de tantos empecilhos
Armadilhas invisíveis nos trilhos
Do trem que vem trazendo nosso amor?

Será que seria assim...
Cada um de um lado?

Pontos de origem e de chegada

Uma se sentindo machucada
(Desculpe, eu não queria que fosse assim)
E o outro só sentindo dor.
.
.
Qual a razão de usar tanto a razão

Se falamos tanto de amor?
Tratam a dor do poeta
Como se fosse mais uma dor qualquer
Como se fosse dor de ilusão... Da imaginação
Culpa da sensibilidade aguçada
Quando, na verdade...

É dor de realidade.

Que não enxergam...

Porque vivem na ilusão.
.
.
A todo instante
Ouço falar que amor é posse
Pobres corações
Posse é o que possuem seus corações

Amor, não.

É por isso...

Que vocês não se dão.

É por isso que vocês acorrentam-se.

E foi por isso...


Que casei com minha solidão.

quarta-feira, 25 de novembro de 2015

Saio à rua
Sento em bares de esquina
Sento no banco da praça
Perambulo pelas universidades
Sento no meio-fio da calçada

E nenhum lugar me calça.


Todos os lugares super agradáveis
Salvo exceções de alguns detalhes irrelevantes
Que não me impedem de ir adiante com minha observação
Com a minha diversão
Com pessoas agradáveis...

Mas não há luva que me cabe.



Os membros do poeta são disformes...

E mais disforme ainda...

O coração.


Só a natureza salva...


O olhar de um gato, pela janela
Intrigado comigo
Parecia nunca ter visto.
Parado... Imóvel... Olhando-me

Que bicho é esse aí?




O poeta, meu amigo...

O poeta.







E o gato em meu colo. 





quarta-feira, 11 de novembro de 2015

Você pode entender de tudo...


De amor...
De sexo...
De vida...
De política...
De livros...
De poesia...
De Nietzsche...
De viagens...
De Freud...
De ganhar dinheiro...
De viver sem dinheiro...
De Deus...
De religião...
De budismo...
De música...
De astrologia...


De tudo que você acha que entende...






Mas não entende quase nada de mim.

sábado, 7 de novembro de 2015

sábado, 24 de outubro de 2015

sexta-feira, 23 de outubro de 2015

Psicografo

Sentimentos

Que já se foram.

 

Só dão sossego
Depois de transcritas
De outra dimensão

Palavras de acalento...

 

 

 

Minha poesia.
Seu chegar...


Fez trincar...


Minha desesperança.

sábado, 17 de outubro de 2015

DAS ILUSÕES - Mário Quintana

"Meu saco de ilusões, bem cheio tive-o.
Com ele ia subindo a ladeira da vida.
E, no entretanto, após cada ilusão perdida...
Que extraordinária sensação de alívio!"
Aprendeu a compreender

E compreendeu que compreender...




É aprender.

quinta-feira, 8 de outubro de 2015

Hoje acordei com uma puta vontade de fazer poesia...

Que de tanta vontade...

Não escrevi nada...



Só para não estragar a poesia.

sábado, 3 de outubro de 2015

140 caracteres

        Depois de duas edições impressas, com frases e poemas diferentes, nasce o terceiro dessa geração, dessa vez, em formato digital: uma seleção do 1° e do 2°, além de frases e poemas inéditos. São mais de duzentos e cinquenta, todos em até 140 caracteres, nessa nova edição, para o leitor refletir sobre a vida, sobre a alma, sobre o amor, sobre si mesmo, ou sobre o que quiser... Para viajar!

R$ 3,00  - Brasil
US$ 2,00 - EUA

Nos outros países, o preço está de acordo com o dólar.


         Disponível nos links abaixo. Abaixo também, uma pequena amostra do que está no livro.......Gratidão!!



Capa: Clara Luiza.



---------

Abri meu próprio peito
Para, com efeito
Estudar anatomia...


Da alma

---------

Nunca se tem nada a perder

Quando se tem a si mesmo

---------

Pessoas grandes procuram crescer

Já as pessoas pequenas...

Procuram defeitos nas pessoas grandes

---------

Estamos todos ligados...

Mas nem todo mundo tá ligado.

---------

Notei você
Peguei o papel
E tomei nota...

Nasceu poesia

---------

Meu em-tu-siasmo... Sabe onde está?

---------

Faltava um milésimo de segundo para esquecer você...

Mas foi justamente aí que emperrou.

----------

Ofereça-me o céu para voar
Ou, até mesmo, o chão para eu cair

Mas nunca esse silêncio,
Esse vazio...

Que parece nunca mais ter fim.

----------

Se existem Universos paralelos?

Nosso próprio planeta é uma unidade de vários deles.

----------

Quando se ama de verdade
Não é o inteiro
Formado por duas metades.

E sim, dois inteiros...


Dando forma ao infinito.

---------

Teimar ou temer: eis a questão!

----------

Olho embaixo do tapete e vejo muuuuuita sujeira...


E o tapete é voador

----------

Estou farto
E, se escrevo...


É para evitar mais um infarto.

----------

De vez em quando
Pelas pedras do caminho
Nascem umas flores.


E todas as dores
Parecem querer voar...



De alegria.


-----------

Amar da boca pra fora...


Até os psicopatas amam.

---------

Se é verdade que o amor morreu...

Ele foi enterrado dentro de mim.

---------

Ser grande é saber que não és maior que ninguém...

---------

Recomeçar tem mais a ver com continuar...

Do que com começar de novo.

-------

Sonhei com você...

E nem Freud soube explicar.

---------

Muitos procuram anjos pelas asas...

Doce ilusão.

Eu os encontro em olhares...

Doces.

----------

Sou aventureiro...


Gosto de escalar os abismos mais íngremes da alma.

quarta-feira, 30 de setembro de 2015

sexta-feira, 25 de setembro de 2015

quinta-feira, 24 de setembro de 2015

Cena do filme "O curioso caso de Benjamin Button":


- Sabia que peru não são aves?

- Por que diz isso?

- Eles são da família dos faisões. Não sabem voar. É triste, você não acha, aves que não voam?

quarta-feira, 23 de setembro de 2015

Coração acelerou demais...         

 
                                    Ficou desgovernado

 
                Chocou-se com a esperança


O estado é grave...
Dos dois


Estão sedados...


E respiram com a ajuda de versos de Fernando Pessoa.

No começo, é salgado:

São lágrimas.

Mas depois, no final, adocica:


É vida.

domingo, 13 de setembro de 2015

Retrato do ser humano...


Como já postei aqui, estou fazendo uma corrente de livros, uma espécie de Biblioteca Gratuita. E tem um amigo meu que, vira e mexe, está sempre lá comigo aos domingos. Ele se diz anarquista e adepto ao amor livre. Conversando com ele, conhecendo-o melhor (a amizade é recente), fiquei meio na dúvida, não da sua vontade e crença em tais sistemas (ou melhor: não-sistemas), mas, como sempre é onde o bicho pega, na prática. Como não vivemos em um modelo anarquista e nem convivo com ele, não pude constatar até que ponto ele levava isso em sua vida, nem era a minha intenção. Como sempre, deixo as coisas rolarem e as respostas aparecem por si só.



Essa semana encontrei um livro meu para doar, colocar no caixote para empréstimo: "Textos Anarquistas", de Bakunin. Postei uma foto no facebook, não só com esse livro, mas com alguns outros que foram doados por outras pessoas também. Esse amigo, ao ver o livro de Bakunin, ficou louco por ele. Imediatamente fez um comentário, dizendo que quando fosse lá, iria levar uns livros para trocar por ele. Aí eu percebi um ponto interessantíssimo, tanto é que estou escrevendo esse texto.



Se a corrente de livros é gratuito, logo, todos os livros é de todo mundo. Cada um fica com o livro o tempo que quiser, que for preciso para ler, e devolve quando quiser. Se fizermos uma analogia, essa seria a essência do anarquismo. Porém, a partir do momento que esse amigo quer se apoderar do livro (que agora seria de todos), para satisfazer um desejo seu, e só seu, mesmo ele dando livros em troca, ele estaria se apropriando do livro, ou seja, se aproximaria mais do capitalismo, que ele tanto abomina. Estaria deixando de agir de acordo com seu discurso, para satisfazer um desejo só seu e mais ninguém teria a oportunidade de pegar o livro para ler. O mais interessante é que, se ele prega o anarquismo, o ideal seria deixar o livro lá para disseminar ainda mais a ideia, assim penso eu.



Esse é um exemplo clássico para eu mostrar o porque que comecei a desacreditar no ser humano de uma forma geral. Não é nada pessoal, essa cara é muito gente fina, é meu amigo e, obviamente, em nada isso alterará nossa amizade, até mesmo porque, vou jogar essa real para ele, vou deixar nas mãos da consciência dele e creio que ele me compreenderá. Mas cai-se sempre na mesma: falar é muito fácil. Por isso (agora já estou falando de uma forma geral), não caio mais na armadilha dos discursos empolgados, convincentes até demais, ou no palavreado bonito de mais ninguém. Se o que me disseres for real, em algum momento (como nesse caso acima) a coisa acontecerá e eu verei a veracidade do discurso. Simples assim.



E, para terminar, deixo uma frase de Humberto Gessinger: "É muito engraçado que todos tenham o mesmo sonho e que o sonho nunca vire realidade."




quinta-feira, 10 de setembro de 2015

Conhece-te a ti mesmo

Ou então...

Caia na lábia
De alguém
Mesmo que não seja sincera
Basta ser convincente
Conivente com a sua carência


Para seres feliz...

Ao contrário.
A pista de pouso está liberada, meu amor

Aterrisse seu riso, sem medo

Essas nuvens, não é nada...


Pode mergulhar à vontade.

quarta-feira, 9 de setembro de 2015

sábado, 5 de setembro de 2015

A viagem continua...

Quando cheguei de viagem, há três anos atrás, a Kombi ficou comigo ainda por um tempo. Porém, depois, não pude ficar com ela. Foi para o interior e ficou com meu pai, que estava precisando de um carro. Deixei lá por tempo indeterminado, deixei que a vida me dissesse qual momento ela iria voltar para mim. E esse momento chegou, tão por acaso, como eu previa.


Chegou a um ponto da minha vida que eu não sabia mais o que fazer e só me restou estudar para um outro concurso. Não passei em dois que fiz, e por muito pouco, o que me fez desconfiar se não era a vida fazendo graça comigo. Mas a coisa apertou antes de eu conseguir passar. E foi aí que um amigo meu deu a ideia: por que não pega a Kombi e vai fazer alguma coisa com ela, vender cerveja, sei lá? E ofereceu a grana para começar. E começou eu e o irmão desse amigo meu.


Um dia vi que em uma praça de uma cidade que não me lembro o nome, tinha uma geladeira com livros para quem quisesse pegar emprestado. Também já vi em alguns pontos de ônibus, numa cidade que também não lembro o nome. Até um cobrador de ônibus, que levava livros para fazer troca e empréstimo com passageiros. Além de outros projetos parecidos. E sempre que vi isso, me tocou de alguma forma, daquela forma mágica. E quando as coisas tocam-me de uma forma mágica, eu já sei que elas têm muito a ver comigo, com o que sou. E foi conversando com o irmão desse amigo meu (que também é meu amigo), que lancei a ideia de fazer, no bar, empréstimo de livro gratuito também. Olhei minha modesta biblioteca, a qual já tive muito ciúmes, e separei os livros para doar. Foi mais da metade... E uma sensação mágica se fez em mim.

A sociedade não deu certo. Correu o risco de parar essa ideia. Só que eu já estava tão envolvido, que corri atrás, peguei dinheiro emprestado e reabri o "Bar na Kombi". Uma das coisas que me deram forças, além da corrente de livros, foram as pessoas que foram atraídas pelo ambiente desse bar. Sempre aparecem pessoas interessantes, ou que tocam algum instrumento, ou que tem histórias boas para contar, ou que querem ouvir a música que está sendo tocada no violão e no cajon, que está sempre disponível, ou tudo junto, ou por qualquer outro motivo. Pessoas que é sempre bom conversar, é sempre bom conhecer, é sempre bom trocar aquela ideia. Não tinha como parar mais.
 
E eis que está rolando. E tendo minha Clarice de volta, pude ver como é sempre ela que me traz coisas maravilhosas. Permite-me fazer o que quero, deixando-me em um estado de espírito leve, além de atrair pessoas maravilhosas. Faz-me viajar, quando ando pelas ruas de Aracaju em um dia qualquer, de dia, ou à noite, ou exatamente amanhecendo o dia. Estamos de volta... Sempre tivemos a serenidade de que isso iria acontecer. Estamos em Saraus e festas alternativas. O resto, só o tempo poderá dizer. Mesmo assim, os vários sorrisos já provocados por tudo que está acontecendo, é de dar aquela paz gostosinha dentro de nós. Vida longa para nós, meu amor... Vamos levar poesia, livros, música e arte por aí, que o mundo tá precisando.

 
Salve vidas: doe livros.













 




sexta-feira, 4 de setembro de 2015

Interno.............................Eterno...............................


Mesmo que essa eternidade...


Acabe no dia que eu morrer.

segunda-feira, 31 de agosto de 2015

"140 caracteres"

        Depois de duas edições impressas, com frases e poemas diferentes, nasce o terceiro dessa geração, dessa vez, em formato digital: uma seleção do 1° e do 2°, além de frases e poemas inéditos. São mais de duzentos e cinquenta, todos em até 140 caracteres, nessa nova edição, para o leitor refletir sobre a vida, sobre a alma, sobre o amor, sobre si mesmo, ou sobre o que quiser... Para viajar!

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Capa: Clara Luiza.



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Abri meu próprio peito
Para, com efeito
Estudar anatomia...


Da alma

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Nunca se tem nada a perder

Quando se tem a si mesmo

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Pessoas grandes procuram crescer

Já as pessoas pequenas...

Procuram defeitos nas pessoas grandes

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Estamos todos ligados...

Mas nem todo mundo tá ligado.

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Notei você
Peguei o papel
E tomei nota...

Nasceu poesia

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Meu em-tu-siasmo... Sabe onde está?

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Faltava um milésimo de segundo para esquecer você...

Mas foi justamente aí que emperrou.

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Ofereça-me o céu para voar
Ou, até mesmo, o chão para eu cair

Mas nunca esse silêncio,
Esse vazio...

Que parece nunca mais ter fim.

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Se existem Universos paralelos?

Nosso próprio planeta é uma unidade de vários deles.

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Quando se ama de verdade
Não é o inteiro
Formado por duas metades.

E sim, dois inteiros...


Dando forma ao infinito.

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Teimar ou temer: eis a questão!

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Olho embaixo do tapete e vejo muuuuuita sujeira...


E o tapete é voador

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Estou farto
E, se escrevo...


É para evitar mais um infarto.

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De vez em quando
Pelas pedras do caminho
Nascem umas flores.


E todas as dores
Parecem querer voar...



De alegria.


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Amar da boca pra fora...


Até os psicopatas amam.

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Se é verdade que o amor morreu...

Ele foi enterrado dentro de mim.

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Ser grande é saber que não és maior que ninguém...

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Recomeçar tem mais a ver com continuar...

Do que com começar de novo.

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Sonhei com você...

E nem Freud soube explicar.

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Muitos procuram anjos pelas asas...

Doce ilusão.

Eu os encontro em olhares...

Doces.

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Sou aventureiro...


Gosto de escalar os abismos mais íngremes da alma.

quinta-feira, 27 de agosto de 2015

Seus pensamentos voaram
                                                                     
Encontraram os meus lá no céu...........
.          .      .             .        
 .         .     .             .
  .        .      .           .
  .        .      .          .

Relampejou poesia.
Não se choraminga porque se perde

Ao contrário:

Perde-se porque se choraminga.

quarta-feira, 26 de agosto de 2015

Encarar a si mesmo, andar alma exposta, ser quem você é, sem máscaras...

Há de se encarar obstáculos punks

Mas, as recompensas, são igualmente punks

Isto...

Quando há recompensa.

terça-feira, 25 de agosto de 2015

sábado, 22 de agosto de 2015

Quando não cabe mais...

Quando, pela ordem natural das coisas, nem um minuto a mais, nem um minuto a menos, chega a hora:

As lágrimas e as dores do parto, inevitáveis.

A passagem.

.
.
.

E não estou falando de quando nascemos.

sábado, 15 de agosto de 2015

sexta-feira, 14 de agosto de 2015

Se tens medo de seguir em frente

Por causa de algum medo meu...

Não tenha medo...


São todos passageiros.



Feitos especialmente para você.
Você tinha razão, meu amor

Mas você a perdeu

Justamente...

Quando teve razão

quarta-feira, 5 de agosto de 2015

Não me cobre tanto
Não dobre minha alma ao meio
Não se utilize desse meio
Para tentar me atingir

Ao invés disso
Vamos amar, meu amor
Que esse é o único meio

O único

Principalmente
Se o que queres tanto...

É tentar ser feliz
E aqui estou eu, sozinho novamente, como sempre fui
Mas que teimosia, esta minha, de ser teimoso
De experimentar tudo de novo
Na esperança vã de acontecer algo de novo

Muda-se tudo, sim...
Menos o que mais me interessa
São tantos, tantas as diferenças, as mais diversas
E, no entanto, todos iguais

Quem sabe, seja cegueira dos meus olhos
Ou, talvez, dos corações que eu enxergo

Tanto faz...

Se não nos damos em nenhuma das ocasiões

Estrangeiro aqui
Como em qualquer outro lugar
Não tenho casa
Não me sinto em casa em nenhum lugar deste planeta
Que, no entanto, obrigaram-me a morar

Creio, erraram meu endereço
Se existo, foi por engano de quem me fez existir
Não pode ser


Do jeito que é, só há esse jeito:
Simplesmente, não pode ser

Ou então...

Deem-me outro coração, e outra alma

Que, com esse e com essa...

Eu não consigo me enganar


Fingir que não vejo

Fingir que não sinto


Coisa preciosa deste lugar
.
.
.
E se escrevo tudo isto
É porque teimei em teimar
Até ter certeza que só me restava esta certeza
Com a serenidade triste que só a felicidade plena pode nos dar
.
.
.
Não me sinto em casa
Com esta maneira e mania que me foi dada...

De sentir

E, no entanto, justamente ela...
É o que há de mais belo em mim





Quanta contradição...




A tradição dos poetas
.
.
.
Não, não...

Tolices...

Eu me sinto em casa sim
São apenas meus vizinhos que me fazem confundir
Mesmo que eu viva a me mudar
Na esperança vã de encontrar algo de novo

Mas, agora, não...

Definitivamente, eu me rendi

De agora em diante
Escolherei, apenas, um lugar para dormir
E, para as noites de insônia, escrever...

Que é o único lugar que sinto meu morar




Eu e a natureza
Eu e o infinito
Eu e o mistério das coisas

Estes sim...

Meus verdadeiros vizinhos
"Não tenho ambições, nem desejos
Ser poeta não é uma ambição minha...


É a minha maneira de estar sozinho"


Alberto Caeiro / Fernando Pessoa

sábado, 1 de agosto de 2015

terça-feira, 28 de julho de 2015

Tantas pessoas sensíveis...

Tantas pessoas inteligentes...

Mas, mesmo assim...

No final das contas...


Novesfora Zero

sábado, 25 de julho de 2015

Maioridade penal
Onde a maioria que pensa que pensa
Ainda nem cresceu
A não ser, em esperteza, em dinheiro, frutos da corrupção
Meu Deus, tremo, tenho medo...  São eles que discutem essa lei

Corrupção esta, que gera frutos indesejáveis
Desigualdades
Que geram um mar de possibilidades para que qualquer coisa aconteça...

Aí querem reduzir os males
Redução da maioridade
Justo a consequencia...
E eu só acredito quando falam a respeito da causa, perdoe-me

Enquanto mudam as leis, paliativos irrisórios, não fosse triste, não fosse trágico
Os que as fazem... Não mudam nada... NADA
(A não ser para pior)

Quantas e quantas e quantas notícias sobre corrupção?
Quantas e quantas e quantas que ainda não foram noticiadas?
Quantas e quantas escolas caindo aos pedaços?
Quantas crianças sem merenda porque políticos ROUBARAM a verba para pagarem suas orgias, seus uísques importados?
Quantas pessoas simplesmente ignoradas pela ganância dos que roubam?

Nesse país onde quem deveria dar o exemplo
Quem deveria nos representar
(É o que todos prometem)
São os primeiros a roubar

As crianças aprendem, cada vez mais espertas

O país da corrupção, quem nunca ouviu falar?

Podem reduzir a maioridade para 5 anos, seus canalhas
As coisas continuarão como estão
Eu fui criado para ser assim também
Por opção é que não sou
Por sorte é que não sou
Tem gente que nem tem tempo para pensar em opção
Já nasce sendo atacado
Já nasce comendo o pão que o diabo amassou
E não o caviar de quem roubou quem comeu o pão que o diabo amassou

R-E-V-O-L-T-A

Vivemos no país do jeitinho
Orgulho Nacional
(Como posso acreditar?)


Acabem com a corrupção
Acabem com a desigualdade
Ponham seus filhos em escolas públicas, seus cínicos
Aí sim, eu ouviria o que vocês têm a dizer

Antes disso...
Vocês já me deram, de mão beijada, todas as respostas que eu precisava
Para desprezar qualquer argumento seu

Primeiro cresça
Fique “de maior”

Para poder falar comigo como gente grande

Fora isso...

É tudo cinismo...





E eu odeio cinismo

quarta-feira, 15 de julho de 2015

Tem dias que, viver, pesa-me mais que 10 toneladas em minhas costas
Tem dias que parece nem meu peso existir

No entanto, a vida parece-me tão bela, por que esse peso todo?
No entanto, a humanidade parece-me tão cruel, o peso parece pouco
No entanto, algumas pessoas se salvam, e me salvam
No entanto, algumas pessoas que se salvam acabam me decepcionando...

Aumentando esse peso


São tantos entantos
Que não sei se quero me salvar
Ou naufragar de uma vez

Deixo-me levar
Por via das dúvidas
Como o vento leva a folha leve

E onde eu cair...

Lá levantarei, seguirei, enfim

 
Ou ficarei, por tempo indeterminado...
 
Estendido no chão


Doa a quem doer

Ainda que doa mais em mim...



Só eu saberei o peso da queda

.
.
.

Eu sou assim, baby
 
O tudo e o nada

O medo infantil
E a coragem extrema

O sorriso estampado no rosto
E as lágrimas escorrendo pela minha cara


Inteiro...


Mesmo quando
Ou, principalmente quando...




Encontro-me em pedaços

terça-feira, 14 de julho de 2015

"140 caracteres"

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Nunca se tem nada a perder

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Pessoas grandes procuram crescer

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Procuram defeitos nas pessoas grandes

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Estamos todos ligados...

Mas nem todo mundo tá ligado.

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Notei você
Peguei o papel
E tomei nota...

Nasceu poesia

---------

Meu em-tu-siasmo... Sabe onde está?

---------

Faltava um milésimo de segundo para esquecer você...

Mas foi justamente aí que emperrou.

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Ofereça-me o céu para voar
Ou, até mesmo, o chão para eu cair

Mas nunca esse silêncio,
Esse vazio...

Que parece nunca mais ter fim.

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Se existem Universos paralelos?

Nosso próprio planeta é uma unidade de vários deles.

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Quando se ama de verdade
Não é o inteiro
Formado por duas metades.

E sim, dois inteiros...


Dando forma ao infinito.

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Teimar ou temer: eis a questão!

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Olho embaixo do tapete e vejo muuuuuita sujeira...


E o tapete é voador

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Estou farto
E, se escrevo...


É para evitar mais um infarto.

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De vez em quando
Pelas pedras do caminho
Nascem umas flores.


E todas as dores
Parecem querer voar...



De alegria.


-----------

Amar da boca pra fora...


Até os psicopatas amam.

---------

Se é verdade que o amor morreu...

Ele foi enterrado dentro de mim.

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Ser grande é saber que não és maior que ninguém...

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Recomeçar tem mais a ver com continuar...

Do que com começar de novo.

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Sonhei com você...

E nem Freud soube explicar.

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Muitos procuram anjos pelas asas...

Doce ilusão.

Eu os encontro em olhares...

Doces.

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Sou aventureiro...


Gosto de escalar os abismos mais íngremes da alma.