sexta-feira, 24 de junho de 2011

Razão

Somos uma classe sem classe
O partido dos sem partidos,
ou de corações partidos
Somos bem religiosos,
mas sem religião, ou não
Qualquer música de coração é oração
Somos sós e bem acompanhados
Muitas companhias nos fazem sós
Só porque somos nós
Um nó na alma
Só porque somos alma

Somos mal vistos, às vezes,
ás vistas dos donos da razão
Mas o que é razão,
se não,
essa razão do meu viver?

quarta-feira, 22 de junho de 2011

O reclamar diante dos obstáculos nada mais é que uma forma de justificar a desistência...Por isso é fundamental fazer o que se gosta, o que se ama...Aí, quanto mais obstáculos, melhor...

terça-feira, 21 de junho de 2011

Onde eu estava com a cabeça,
quando não tirava você de minha cabeça,
quando eu me atirava de cabeça?
Hoje, cabeça fria, percebo, era uma fria
E foi tremendo de frio, sozinho,
acompanhado do seu riso cínico e frio,
que aprendi a suportar qualquer calor,
qualquer luz.

E hoje, mesmo que me ofusque os olhos,
no tato, chegarei onde eu quiser.

domingo, 19 de junho de 2011

MEUS VERSOS, MEU UNIVERSO

Quem tem fome, come
Quem tá triste, chora
Quem tá feliz, sorri
Quem tem fé, ora

Quem tem pressa, corre
Quem tem sede, bebe
Quem tem sono, dorme
E quem sente, escreve

Sentir nesse mundo parece o inverso
Do inverso, faço meus versos
Dos meus versos, meu universo

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rs

sábado, 18 de junho de 2011

E um dia, eu ainda criança, inocente, um sujeito mais velho que eu me enganou e quando contei o fato, disseram-me: Como você foi idiota...tem que ficar esperto.

Pois é...no final das contas, o idiota ainda era eu.

sexta-feira, 10 de junho de 2011

Não tem preço

Fui para uma consulta médica numa clínica. Quando sentei, deixei um livro meu junto com as revistas. Sem pensar em nada, sentei numa cadeira mais para trás. Eis que chega uma senhora e uma menina de oito anos (com margem de erro de um ano para mais ou para menos) e sentam ao lado das revistas. De repente, o meu livro vai parar nas mãos da menina. Já na primeira página, ela gargalha e ainda mostra a frase para a senhora ao seu lado. O médico me chamou. Quando voltei, a menina estava sentada em outro lugar (sem a senhora, acho que esperando ela, não sei), agora já com os olhos grudados no livro.

Consulta médica: o plano de saúde "paga"

Remédios: caro pra caralho!

Livros: caro pra caralho também, ô Brasil!

Um menina de oito anos lendo e adorando seu livro: não tem preço

quinta-feira, 9 de junho de 2011

Estávamos enganados quando estávamos nos enganando... Agora fomos desenganados: não há mais amor...

quarta-feira, 1 de junho de 2011

Devolva-me

Devolva-me meu gosto de viver
Devolva-me seus gostos,
que eu gostava de satisfazer
Quero seu rosto por perto
Pode ser até um resto,
posto que seus gostos
era gostar dos gostos meus
Nossos
Nós

Posto que em nossos desgostos,
um era o porto do outro,
um porto perto do infinito,
perto de onde a gente morava

Devolva-me meus olhos, meu olhar, meu riso
Porque, por engano, ao me despedir, levei o riso teu
de tão parecido com o riso meu

E, ao sair, em vez de eu me levar, te levei
Agora seu peso e sua ausência pesam em mim
Um engano fácil, não foi distração
Porque já estava assim,
estava tudo tão assim:
Eu tão você e você tão eu
Que foi assim tão fácil confundir