domingo, 27 de dezembro de 2009

Ira

A ira do poeta
A ira não compreendida
A ira condenada:
- Vai com calma!

Seu grito não ouvido
Sua dor que não enxergam
Seu silêncio que não entendem
E quando sua ira se faz voz,
repetem:
- Vai com calma

Depois de um tempo
Sua ira vira versos
E tudo se inverte

Quem queria gritar
Mas não teve coragem
Nesses versos
Sentiram calma