sexta-feira, 13 de janeiro de 2017

Passei meses pensando a respeito
Para tirar todo o exagero do peito
E tomar a decisão mais sadia.

Ainda assim, amor:
Adeus!

Fique bem
Não é nada pessoal.

É só uma coisa pessoal, minha

Coisas que você faz
Faz-me passar mal.

Mas isso não é mal
Compreendamos o incompreensível:
Ninguém é culpado.

Foi só o cupido
Que em vez de fazer tudo tão lindo
Fez tudo cagado
Mal sintonizado...

E tudo cuspido.


O que dói...

É que tínhamos tanto para tal.

Mas isso não é mal
Apenas dói...

Pra caralho.

De mãos atadas
Fizemos nosso melhor.

Solicitamos aos deuses
Mas cada um a sua maneira.

E eles não tiveram dúvidas

Negado
Foi carimbado
Sem dó
Nem piedade:

INCOMPATÍVEL

sábado, 7 de janeiro de 2017

Quando o estado de espírito da pessoa...

Quando o estado islâmico.

Terrorismo que me causam

E são tantos

E, muitas vezes, sem saber
Outras vezes, maldosamente
Convictos
Seja como for
Com todo o respeito às raridades...

Não é raridade explodirem bombas de dor dentro de mim
Prédios de tristeza desabam, e não só de dois em dois, às vezes, muito mais
Muitos eus mutilados, oh meu Deus, e eu aqui, tendo que reconhecer o cadáver de cada um, para enterrá-lo dignamente, e de verdade, e não da boca pra fora
Quantas almas, tão lindas, tão minhas, foram atropeladas, por um e outro, louca ou louco, numa ação desgovernada, numa tragédia absurda, algo que não se diz, algo que não se faz?
Quantas crianças, de dentro de mim, minhas, foram sequestradas, estupradas, minhas preciosidades, detentoras de minha inocência? Muitas hoje vivem assustadas
Quantos bombardeios na região nobre, tão preciosa de minha bondade? 
Oh, eu reconheço, é pouca, mas não me maltratem, por favor, tenho feito o que posso

Quantos não se aproveitam dela, e da forma mais sutil, digno de um senhor terrorista?

Tenho o máximo respeito pelas raridades


Agora, encontro-me boiando, meu barco virou, tenho fome, de gente de alma, a correnteza me leva, quase morto, chego à praia

E enquanto tentam me salvar, ouço alguém dizer:

Maldita guerra
Pobre rapaz
Mais um refugiado
Mais um que morrerá afogado

E eu acho forças, as últimas que me sobram, e sempre sobrarão em último caso, sou dos “vaso que não quebra nunca”, para dizer:

Não, senhor...


Vou morrer é de poesia.



E, a saber:

Eu amo a humanidade.