domingo, 27 de fevereiro de 2011

Será que há alguém que entenda que não é preciso entender nada?
Que tudo que aprendemos serve apenas para ensinar
e que sempre temos alguma coisa para aprender?
Alguém que ame infinitamente, seja amigo(a), namorado(a), crianças ou desconhecidos, independente da classe social?
Alguém que entenda que tudo pode ser conversado, desde que os dois estejam preparados para a diferença?
Aceitar os fatos, por mais que doam
Mas é preciso doação das duas ou mais partes
Será que tem alguém que sente pelos que dormem na rua, ou pelos que sofrem algum tipo de preconceito ou exclusão (sem exceção), assim como muitos fazem com os cachorrinhos bonitinhos que passeiam pela rua com seus donos?
Claro que sempre temos o que aprender
Alguém que saiba que não basta ser grande, se for grande só para si mesmo (o que já é um grande passo)...mas ser grande é ser grande para todos, é ter paciência e tolerância, é saber enxergar o potencial que há nas pessoas e não o tamanho que elas estão?
Todos nós nascemos pequenos e não soubemos nada um dia...
É claro que tem muitas pessoas que não querem crescer mesmo,
mas aí já é com eles
Será que tem alguém que entenda que simplicidade não é só achar a lua cheia maravilhosa e assistir a um belo por do sol?
A simplicidade está, sobretudo, nas atitudes
Alguém que se importe mais com a nudez da alma das pessoas do que a roupa que elas vestem?
Alguém que enxerga a violência que há, invisível, segundo a segundo, sem parar, onde o próprio violentado nem percebe?
Alguém que enxerga o abuso de poder de muitos policiais, dos patrões ou de quem quer que seja, mesmo eles nos fazendo acreditar que as coisas são assim mesmo?
Será que há alguém que saiba que dinheiro não é nada, apenas precisamos dele para nos mantermos vivos e termos as coisas que gostamos (e podemos e devemos gostar de coisas boas sim), mas falo do excesso, da ganância e sobretudo do jogo sujo para se ter muito dinheiro?
Alguém que saiba ouvir, que saiba que cada um tem seus problemas, dos mais superficiais aos mais profundos, e que não devemos julgá-los de acordo com a nossa verdade?
Cada um tem sua própria verdade que pode ser quebrada a cada momento
Mas é preciso preparo
Quando isso acontece, amanhecemos quebrados no outro dia
Será que há alguém que entenda que não basta escrever palavras belas, belíssimas, até sentidas, se suas atitudes não condizem com seus versos?
Tudo que é discutível, é discutível, não discuto
Por isso mesmo, se há variações sobre um mesmo tema, tudo é uma questão de opinião
Sua roupa, seu piercing, seu alargador, sua tatuagem, seu cabelo, seu salto alto (nos dois sentidos), sua maquiagem...para mim não é nada
Já a essência, aí sim: é o essencial
É o que tanto buscamos lá fora, julgando e sendo julgados
Quando na verdade tudo está dentro de nós e sem julgamentos

Se há alguém que entenda isso, só tenho uma coisa a dizer:
Preciso do seu abraço
E não quero nada em troca
Não quero teu sexo
Não quero um beijo na boca
Não quero seu dinheiro
Apenas um abraço
O resto, seria consequência, de acordo com a realidade de cada um

Sei que há, não é possível
Mas onde está?
A vida é bela
Não vide bula
E verás!!

sábado, 26 de fevereiro de 2011

Nesse mundo onde eu caí
Seja no Japão ou aqui
As pessoas precisam de armaduras para se protegerem
Apesar de ser contra, também tenho a minha, para também me proteger
O mundo é cruel

...E é justamente o peso dessa armadura
o tamanho exato de minha dor...

...E cada poema que faço
dessa armadura, arranco um pedaço...

sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

Livro Publicado

"Minha alma transgressora me traz paz. Sentir, nesse mundo, às vezes me parece o inverso. Sigo rimando contra a maré. Rasguei meu manual de instruções e fiz uma fogueira na beira da praia para tocar meu violão. Aos que esquecem de sonhar, não esqueçam que até o inconsciente sonha. Por que quando abrimos os olhos, insistimos em continuar dormindo, cegos? Sonolentos, vão nos roubar e nem vamos perceber. Se você sonha e sente, como um eterno brincar (mesmo que doa), esse livro corre um sério um risco de te fazer sorrir..."

Meus Versos, Meu Universo...

Vendas:
www.biblioteca24x7.com.br

ou

www.amazon.com
(para quem está fora do Brasil)
Entre idas e vindas
Entre voltas e revoltas
Quem fechou a porta?
Não importa
Há janelas e telhados
e, se preciso for,
derrubarei paredes

Entre idas e vindas
Não há volta
Se há sentir na vida
Se há sentir revoltas

quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

Eu sei muito bem: cigarro faz mal à saúde...
Crianças e adultos: não fumem
O ministério da saúde se diverte...

Mas egoísmo faz mais mal
Mas muito mais mal
E não só para si mesmo...

E a maioria parece não estar nem aí...

Se se preocupam tanto com minha saúde,
que é o grande argumento...
Vamos começar do pior para o melhor...
Mate seu egoísmo
e aí sim eu vou acreditar que se preocupam tanto com minha saúde...

quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

Para Aline...

Quis curar minha dor
Mas a poetisa calou-se
São tantos calos,
preciso de um colo
São tantas feridas entre as feras
Não é no shopping e nem na feira
Que vão me gritar palavras sentidas
Dessas que ultimamente é só o que tenho sabido ouvir
Sábio...
Subo degraus...
Medo de altura
Medo de viver lá embaixo
Medo de voar baixo
Mas eu vou
Por isso, entenda:
Preciso de um colo
Volta poetisa
Já fui nos bares, nas esquinas,
Nos bazares, nas festinhas
Nas baladas, lotadas de balas
E nas ruas, de noite, sozinhas
E nada
Nenhuma palavra sentida
Alguns até disfarçam bem
Mas sentidas, eu imploro:
Volta poetisa!




"eu perguntei para Deus, qual o meu pecado,
por que eu sinto tanto ?

e ele me respondeu : eu sinto muito."

Aline Gomes
Amo quando vem
o susto
e a sorte
do surto
poético

terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

Nasceu mais uma poesia
Terça-feira, 22/02/2011
Às 02:47...

Parto normal...

E em vez de charutos,
um maço de cigarro...

Livro Publicado

"Minha alma transgressora me traz paz. Sentir, nesse mundo, às vezes me parece o inverso. Sigo rimando contra a maré. Rasguei meu manual de instruções e fiz uma fogueira na beira da praia para tocar meu violão. Aos que esquecem de sonhar, não esqueçam que até o inconsciente sonha. Por que quando abrimos os olhos, insistimos em continuar dormindo, cegos? Sonolentos, vão nos roubar e nem vamos perceber. Se você sonha e sente, como um eterno brincar (mesmo que doa), esse livro corre um sério um risco de te fazer sorrir..."

Meus Versos, Meu Universo...

Vendas:
www.biblioteca24x7.com.br

Um final de semana

A angústia do poeta com a caneta na mão, em um poema travado, o sentimento saindo pela boca, no pensamento um milhão de pensamentos, a alma angustiada dando um nó na cara, é o melhor de qualquer poesia.
Assim como a alegria da “poesia exata”, das palavras arrumadas e rimadas (e não que rima seja obrigatório), escrita exatamente conforme o sentimento...isso é o que chamo de exatidão (e não que a exatidão seja, também, obrigatória).
Mas há poesia também em quem não escreve
Vejo isso nas pessoas simples e, principalmente, nas crianças
A maioria nem sabe falar direito
Ali, quando crianças, crescendo, talvez seja o último instante de pureza
Por isso, temos que aproveitar cada instante
E sabe o que é melhor?
Nós aproveitamos
E sabe por que?
Nós nem sabíamos
Ali, o ser humano, talvez, em seu último instante de sinceridade
Não sei exatamente quando acaba
Tá vendo que não é preciso exatidão?
Por isso, toda vez que olho uma criança, leio uma poesia
Somos nós, na sua essência...e de improviso
Que é do jeito que eu gosto
Meus parentes dizem que eu me dou bem com crianças
Tinha um que só se aquietava comigo
Um danado
E tudo que eu faço?
Apenas os ouço, os leio
Eles não me julgam
Então, por que julgá-los?
Que direito eu tenho?
Tento me aproximar ao máximo da minha pureza
E são eles que me ensinam
Estranhamente, me senti mais só
Por que será?
As crianças me curam de muito mal que vejo por aí
Os extremos, os opostos
Preconceitos, julgamentos
Estamos sendo analisados e filmados a todo momento
Não devemos nada a ninguém e mesmo assim nos cobram
Cobras!!
Com o veneno pronto para ser lançado, na ponta da língua
Não!
Crianças não me julgam
E sabe por que?
Eu apenas me dedico bastante, o máximo
Uma forma de agradecimento
Porque eles são um dos poucos que falam minha língua
Ainda que eles não saibam falar direito
E, nesse final de semana, eu li muitas poesias

Dedicado a meus primos do interior de Sergipe, onde teve aniversário de dois deles

segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

Apenas você

Clarice, Clarice...
Mais uma vez,
empresta-me seu peito...

Sem mais!!








Sem mais,
porque a dor é demais
E só o meu,
já não dá mais
E porque você foi lá
Além lá

Aliás,
de dor demais
Você soube falar
É tudo tão simples
Mas tão simples
Que é simples complicar
E complicam
E nos jogam lá
Além lá
Onde poucos tem forças para chegar

Chega mais
Traz seu peito
Para eu encostar meu ouvido
E sentir ele pulsar
Mesmo que seja apenas um livro,
sou capaz de sentir ele vivo

Enquanto os vivos de almas mortas
Parecem querer me matar
Alto lá!

Além lá,
quem consegue chegar,
deitado estará
Mas não dentro de um caixão e apodrecido
E sim no perfume dos livros
Como quem oferece abrigo
Como quem diz:
- Vem meu querido...
Que essa alma em brasa,
Nunca vai apagar!

O vento da vida sempre soprará
E quando a alma sentir a brisa,
novamente ela acenderá.

Vem, Clarice...
Preciso de abrigo

Além lá
Lá estou perdido
Abraçado com seu livro

Por que passam a gente para trás?
Justo a gente,
que não queremos chegar na frente
E no entanto, inevitavelmente,
lá está a gente
Tudo porque a gente sente

Sinto muito!

Como sei que você sente
E essa dor, agora tão quente,
só você, e mais ninguém, para amenizar
Para eu poder seguir em frente...



Você já se foi
Mas quando penso em seres humanos
Você é dos primeiros que vem em minha mente

sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

O próximo passo

Penso no próximo passo
No espaço escasso
Nos corações blindados, de aço
Nos sorrisos falsos
Na mudança de lado fácil
(se houver dinheiro então)

Penso no próximo passo
Algo me diz que do próximo não passo
Mas meu coração também é de aço
Mas um aço que derrete muito fácil
Aço para poder suportar os sorrisos falsos

E faço do espaço escasso
O aço necessário para o próximo passo
E assim vou andando
Enquanto uns desistem fácil
Tudo porque o caminho não é, mesmo, nada fácil