quinta-feira, 24 de dezembro de 2015

Por todos que pegaram suas canetas
Lápis
Penas
Teclados
Máquinas de datilografar

Por todos os rabiscos
Desenhando versos
Auges da dor
Gritos em silêncio

Por toda sede de ceder
Para beber um mundo melhor

Pela fome de beleza
(a mais distante, a mais rara)
Arrancada de dentro...

Do seio da poesia


Mergulhos profundos
Profundamente imprevisíveis
Sensíveis seres...

...Humanos de verdade

Somos unha e carne
Mas não só carne e unha

Os dedos, as mãos, os braços, o corpo inteiro

Sobretudo, o coração

Sobretudo, a alma

O todo


Poderia eu agradecer, mas não
Não foi por obrigação que o fizeram, eu bem sei

Salva-vidas de almas

Às vezes
Preciso de remédios
Mais forte que venenos



Overdose de poesia



E o meu coração...


A

dor

mece

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