quarta-feira, 25 de dezembro de 2013

Feliz Natal!!


Iludidos com o prazer superficial que os bens materiais lhes trazem,
não enxergam a vida passar,
a vida verdadeira,
a sentida,
a que eu sinto na pele o arrepio
quando ela vem me fazer companhia
Faça calor, ou faça frio
Em uma noite sozinha...

Eles não sabem o que é isso

Meus versos soam loucuras para eles

Escondidos em seus sorrisos disfarçados,
enquanto acham que estou “viajando” ,
que meus versos são uma coisa passageira...

Sou sim,
passageiro dessa viagem

 Ah, se eles soubessem,
que dentro do sangue que corre em minhas veias
por entre o líquido vermelho
passeiam letras,
inevitavelmente...

É uma condição...

É minha condução...

Que,
de vez em quando,
passo para o papel
através de uma caneta

Ou um lápis...
Ou seja lá o que for

Cortaria meus próprios braços,
para escrever nas paredes,
com meu sangue,
caso não existisse mais nenhuma opção

Ah, se eles soubessem,
como é bom ser louco
nesse mundo de aparências

Eles também iam querer enlouquecer
Eles também iam querer brincar de viver de verdade

E esquecer um pouco mais
Desse negócio chamado dinheiro...

Não que ele não seja necessário
Falo é da falsidade a que são capazes de se submeterem,
sem perceberem muito bem o mal que isso faz
Muitos não são nem culpados, eu sei
E outros, fazem porque querem fazer...

É assim

Esse objeto que,
com razão,
fui educado a lavar as mãos
depois de pegá-lo...

Mas a culpa não é dele,
como dizem ou acham por aí
Ele, apenas, tem uma função no sistema
Mas é tão sedutor, mas tão sedutor...
Que desviam seu caminho
O seu olhar
A sua direção

E quando o ser humano não assume a culpa
Joga a culpa até em uma coisa que não tem vida
- A culpa é do dinheiro!

E você vê de tudo,
em busca dessas notas que voam de bolso em bolso...

Aí,
o mundo vira o caos que está...

E haja Natal, para o resto da vida
Para, pelo menos, uma vez no ano...

Eles respirarem

E voltarem, ao menos, por uns dias
à verdadeira vida real...

Ainda que distante,
são esses os seus instantes

Para poderem dormir em paz os restos dos dias do ano

E eu,
preciso disso todos os dias...

 

 
Sofro de urgência!!

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