quarta-feira, 16 de outubro de 2013

Novos Horizontes

                Há um pouco mais de um ano, passávamos (Thiago, Clarice e eu) pela ponte Rio-Niterói. Nossa ideia era pegar a orla do Rio e, depois, seguir pela Rio-Santos até São Paulo. Mas, ao atravessar a ponte, não conseguimos achar o caminho e fomos parar já próximos da rodovia Dutra, o que nos fez seguir em frente em direção a São Paulo. Apenas falei: um dia a gente volta.
                Meses depois, eu chegava em casa, na casa dos meus pais, em Sergipe, mais uma vez apenas passando pelo Rio, e também sem parar... Sem crise... Um dia a gente volta.








                Agora, já com o livro lançado, livre para voar novamente, esperei, mais uma vez, que o vento trouxesse meus próximos passos pela janela do meu quarto, pacientemente (não sem umas duras recaídas, claro). E, de repente, sinais... Coincidências...   Chamem como quiser, isso é o que menos importa. Fiquei ligado... Era o vento começando a soprar em uma nova direção...


De repente, sinto o vento,
antes calmo,
agora tão intenso...

Levanto-me, atento,
e nem tento
saber
qual é a direção

Apenas fecho os olhos,
e vou...


É hora de voar novamente

                Nesse tempo em que fiquei em Sergipe, conheci um cara que gostou dos meus escritos e nos tornamos amigos. Amigo de longas conversas, em mesas de bar (como no dia que viramos a noite e ficamos até às 15:00h), ou na sala de um apartamento, ou em qualquer lugar. Entre essas conversas, a vontade dele de morar no Rio de Janeiro. Fiquei com isso na cabeça. Antes, conversando com outro amigo, de longa data, ele também falava em ir morar lá. Depois, conheci uma menina, através desse novo amigo, que já morou no Rio e que estava embarcando para lá, para passar uns dias. Conversamos algumas coisas sobre o tempo que ela morou lá. Mais Rio de Janeiro em minha cabeça. Isso começou a me cutucar: Por que não Rio? Mas só lancei a semente e deixei que a natureza cuidasse do resto.
                Por coincidência (?), logo no outro dia em que plantei a semente, uma amiga do Rio, que também conheci por causa dos meus escritos, ligou-me e conversamos a respeito de eu ir para lá, o que já tínhamos conversado há vários meses atrás. E fazia dois meses que não nos falávamos. Um telefonema inesperado. Aquilo já foi um sinal mais forte. O coração já começou a disparar, a mandar-me recados mais concretos sobre o meu destino próximo. Começou a movimentação dentro de mim... Mesmo assim, simplesmente continuei deixando rolar.  Apenas sorria, serenamente, achando graça disso tudo.
               
                  E já dois dias depois, que á para não deixar dúvidas, um amigo meu que conheci em São Thomé das Letras, no sul de Minas Gerais (durante a viagem com Clarice), que morava em São Paulo, que largou tudo para viajar também, que está morando no Rio de Janeiro agora, escreveu em seu blog sobre seus dias recentes no Rio. Em um dos textos, ele disse que estava trabalhando em um quiosque na praia. Falei com ele e perguntei se tinha uma vaga para mim. Tinha. Do que mais preciso? Até um emprego caiu em meu colo. Não preciso mais de sinal, nem de coincidência. Chegou a minha vez, a hora de agir. Segundo meus cálculos sensitivos, é para lá que o vento sopra agora. Que venham os novos quilômetros de estrada e de espírito para percorrer. Meu espírito viajante sempre esteve de prontidão, se o caminho a percorrer é as profundezas do meu ser. Sempre ligado... Rio de Janeiro, eu disse que voltava... Em janeiro, sem trocadilho nenhum, pretendo dar um jeito de pegar Clarice... Claro que ela tem que estar lá também.

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