sábado, 26 de outubro de 2013

É tanta vida, tanta vida, cada vez mais vida, dentro de mim...

Que as coisas lá fora parecem mortas...

Mortos-vivos, passeando com seus sorrisos plásticos
e seus brinquedos de metal
e suas mentiras

E minha ressurreição, tão esperada por mim,
tão desesperada pelo meu coração,
que bate como se batesse em si mesmo,
já dura mais que três dias, três semanas, três meses...


Já li todo tipo de livro, já dedilhei meu violão,
já não fiz absolutamente nada...
Nada de paixões...

Só eu e minha solidão

Amor febril
Já passa dos 50°, minha alma
Meu corpo, nem meço mais


Mas quando vejo uma estrada, sorrio...
Sou um rio de risadas
Uma placa invisível, indicando-me:
Venha... seu lugar é aqui

E é nessas horas,
que ouço vozes lá fora,
enquanto, dentro do feto,
dentro de mim,
espero

Não vejo a hora do parto
Das portas abertas

E em vez de chegar chorando
Chegarei sorrindo
(A vida trata de inverter)

Antes,
eu corria da vida
Agora,
não vejo a hora de eu renascer...


Só precisava achar o meu lugar...

E achei

E descobri que,

meu lugar,

é o lugar nenhum...

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