Um dia, fui tomar uma cerveja com
dois amigos em uma esquina da cidade São Paulo, a Peixoto Gomide com a rua Itararé.
O nome do bar é em homenagem ao gaúcho Apparício Torelli, jornalista/humorista que
se auto-intitulou barão de Itararé. Enquanto embriagávamo-nos, não lembro se li
no cardápio ou se foi um dos amigos que contou (eu já devia estar embriagado),
soube que, cansado de ser perseguido pela polícia secreta de Getúlio Vargas, depois
de ser torturado, ele colocou na porta do seu escritório: ENTRE SEM BATER.
Achei genial a “sacada”, a crítica e, até, o humor, mesmo nessa situação delicada.
Fiquei com isso na cabeça... Pesquisei sobre ele: uma figura fantástica.
Mas, tudo isso que escrevi, serve
apenas para eu tomar a frase emprestada, para escrever uma frase minha,
influenciada por essa história do “barão”:
Na porta do meu coração tá escrito: ENTRE
SEM BATER.
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