Eu te amo, minha querida
É que minhas veias se tornaram um labirinto que eu mesmo me perco
E se você está mesmo disposta, feche os olhos e venha sem medo
Perca-se comigo
A porta do meu mundo não está fechada
Apenas encostada e, de longe, enganam-se
Chega perto e é só empurrar e entrar
Em alguma curva, encontrarás meu “eu” perdido, que eu também não sei onde está
Se me amas mesmo, ajuda-me a me encontrar
Não é que eu não te ame
É que não sei onde estou
E é porque você não está lá
Só exijo apenas uma única coisa:
Não julgue... Não jogue...
Porque eu já cansei
E foi numa dessa curvas,
que passei reto e me perdi
sábado, 28 de maio de 2011
Muro...
Murro...
Muro...
Murros...
Muro...
Murros...
Bato nas pontas dos dedos uns versos
e faço uma batida no meu violão...
Muros, esmurro e sai uma canção...
Uma canção rimada e sem rumo,
e arrumo a bagunça do,
q hoje em dia,
parece não valer nada
Meu coração me esmurra
e eu durmo em pontas de faca
E o sangue que corre em minhas veias,
vai além,
para fora do meu corpo,
pingando versos surrados...
Suados e surrados...
E só curo minha dor,
depois deles sussurrados...
Murro...
Muro...
Murros...
Muro...
Murros...
Bato nas pontas dos dedos uns versos
e faço uma batida no meu violão...
Muros, esmurro e sai uma canção...
Uma canção rimada e sem rumo,
e arrumo a bagunça do,
q hoje em dia,
parece não valer nada
Meu coração me esmurra
e eu durmo em pontas de faca
E o sangue que corre em minhas veias,
vai além,
para fora do meu corpo,
pingando versos surrados...
Suados e surrados...
E só curo minha dor,
depois deles sussurrados...
quarta-feira, 25 de maio de 2011
Má notícia
Uma má notícia para os que se acham fodões:
Acabei de descobri que ninguém é melhor que ninguém
Acabei de descobri que ninguém é melhor que ninguém
terça-feira, 24 de maio de 2011
Momento
Você disse que só ia doer naquele momento
Mas naquele momento,
aquele terno tormento
era eterno para mim...
Mas naquele momento,
aquele terno tormento
era eterno para mim...
quarta-feira, 18 de maio de 2011
Eu não sou gado
Moro na avenida da contramão, sem número..
Moro num mundo de avenidas longas e largas,
sem engarrafamentos
De metrôs e de trens
onde não tem empurra-empurra
Onde ninguém é espremido,
sem ter culpa de nada, coitados
O que ele ou ela fez de errado?
Trabalhou o dia inteiro?
E o prefeito?
E o governador?
Estão no ar-condicionado
Condicionando a temperatura do ar
Num banco lotado de folga
E se for passar pelo trânsito?
Abram alas
Subam nas calçadas
Freie seu carro
Eles precisam passar
Eles não vão ser pisados às 18:00h no trem ou no metrô,
nem ficar parados no trânsito lotado de carros
E sabe de quem é a culpa?
Não é deles
É nossa
Nós que escolhemos
Por que quando vai haver copa, eles melhoram tudo?
Se melhoram, é porque estava ruim...
E se não melhorar, não vai haver copa,
que é para não deixar dúvidas
Não, não
Moro na avenida da contramão, sem número
Onde são verdadeiros os abraços e os apertos de mão
Lá meu coração não se aperta
Fica logo ali, virando à esquerda,
já próximo do infinito
Moro num mundo de gozo pleno
E em pleno sorriso
Caio da cama
E acordo lento
O mundo lá fora
me convida a brincar de animais irracionais
É hora de trabalhar
E ninguém reclama
Até riem
Achando tudo tão normal
E não fazemos nada
Espremidos dentro de um trem
Sendo tratados como gados
Vagões lotados que mais parece um caminhão
levando animais para o abate
E, de fato, isso me abate
Depois, sou o chato, o que pensa demais, o sentimental (com muita ironia)
E sou
Mas se todos fossem chatos que nem eu
Ririam mais e mais
Muito mais
E não tem como eu explicar por aqui
O que é o gozo pleno
Só gozando para ver, para sentir
Venham...
Vocês têm voz
Não existe só a voz deles
Fale, grite, reclame
Eu não sou gado
Por isso reclamo
Já você,
a escolha é sua.
Moro num mundo de avenidas longas e largas,
sem engarrafamentos
De metrôs e de trens
onde não tem empurra-empurra
Onde ninguém é espremido,
sem ter culpa de nada, coitados
O que ele ou ela fez de errado?
Trabalhou o dia inteiro?
E o prefeito?
E o governador?
Estão no ar-condicionado
Condicionando a temperatura do ar
Num banco lotado de folga
E se for passar pelo trânsito?
Abram alas
Subam nas calçadas
Freie seu carro
Eles precisam passar
Eles não vão ser pisados às 18:00h no trem ou no metrô,
nem ficar parados no trânsito lotado de carros
E sabe de quem é a culpa?
Não é deles
É nossa
Nós que escolhemos
Por que quando vai haver copa, eles melhoram tudo?
Se melhoram, é porque estava ruim...
E se não melhorar, não vai haver copa,
que é para não deixar dúvidas
Não, não
Moro na avenida da contramão, sem número
Onde são verdadeiros os abraços e os apertos de mão
Lá meu coração não se aperta
Fica logo ali, virando à esquerda,
já próximo do infinito
Moro num mundo de gozo pleno
E em pleno sorriso
Caio da cama
E acordo lento
O mundo lá fora
me convida a brincar de animais irracionais
É hora de trabalhar
E ninguém reclama
Até riem
Achando tudo tão normal
E não fazemos nada
Espremidos dentro de um trem
Sendo tratados como gados
Vagões lotados que mais parece um caminhão
levando animais para o abate
E, de fato, isso me abate
Depois, sou o chato, o que pensa demais, o sentimental (com muita ironia)
E sou
Mas se todos fossem chatos que nem eu
Ririam mais e mais
Muito mais
E não tem como eu explicar por aqui
O que é o gozo pleno
Só gozando para ver, para sentir
Venham...
Vocês têm voz
Não existe só a voz deles
Fale, grite, reclame
Eu não sou gado
Por isso reclamo
Já você,
a escolha é sua.
sábado, 14 de maio de 2011
Eu queria que minha professora fosse igual à sua...
Eu queria que minha professora fosse igual à sua,
quando eu era pequeno
Tantos me achavam tão pequeno
Porque não enxergavam meu tamanho
Não que eu fosse grande
Só era estranho
E os meus professoras eram tão iguais
O que eu achava estranho
Queria que minha professora, assim como a sua, dissesse:
- Nossa!! Que bom que você escreve! Põe para fora, isso te deixará leve!
Agora eu aqui:
Pesado...
Mas, depois de tanto tempo passado, esqueci o passado
Vai sem professora mesmo:
Minha alma já não agüenta mais tanto silêncio!
Dedicado à professora Genny Xavier http://badeguardados.blogspot.com/
CLARA PALAVRA QUE EM NOITE FOGE
A máquina digita o grito
que sai da boca do poeta
e lembra-lhe todas as dores
que pairam no mundo.
O poeta aspira a dor que vem de fora
como a engolir um monstro...
Neste instante,
torna-lhe disforme o corpo
e as mãos tremem
para esboçar a metamorfose.
O poeta tem agora a cara do espanto,
o corpo da fome
e a alma de bandido...
E, quanto mais se adentra na poesia,
mais lhe escapa a imagem
da suave manhã...
E o poeta, em seu delírio,
vagueia pelo deserto rachado,
toma veneno e luta com feras,
abatendo a golpes de espada
verdes dragões
- estes têm as patas de ferro
e soltam insultos pelas ventas -
mas, ainda assim,
o poeta surrealiza uma canção
e presenteia os homens de toda a terra.
quando eu era pequeno
Tantos me achavam tão pequeno
Porque não enxergavam meu tamanho
Não que eu fosse grande
Só era estranho
E os meus professoras eram tão iguais
O que eu achava estranho
Queria que minha professora, assim como a sua, dissesse:
- Nossa!! Que bom que você escreve! Põe para fora, isso te deixará leve!
Agora eu aqui:
Pesado...
Mas, depois de tanto tempo passado, esqueci o passado
Vai sem professora mesmo:
Minha alma já não agüenta mais tanto silêncio!
Dedicado à professora Genny Xavier http://badeguardados.blogspot.com/
CLARA PALAVRA QUE EM NOITE FOGE
A máquina digita o grito
que sai da boca do poeta
e lembra-lhe todas as dores
que pairam no mundo.
O poeta aspira a dor que vem de fora
como a engolir um monstro...
Neste instante,
torna-lhe disforme o corpo
e as mãos tremem
para esboçar a metamorfose.
O poeta tem agora a cara do espanto,
o corpo da fome
e a alma de bandido...
E, quanto mais se adentra na poesia,
mais lhe escapa a imagem
da suave manhã...
E o poeta, em seu delírio,
vagueia pelo deserto rachado,
toma veneno e luta com feras,
abatendo a golpes de espada
verdes dragões
- estes têm as patas de ferro
e soltam insultos pelas ventas -
mas, ainda assim,
o poeta surrealiza uma canção
e presenteia os homens de toda a terra.
domingo, 8 de maio de 2011
A menina que desvia o olhar, não é uma desvairada
É apenas uma menina irada, mirada, apenas por ser calada
Ilhada, cercada por uma multidão
Vai juntando cada pedra atirada
E atira-se num mundo estranho
E de estranho em estranho
passa a ver tudo de forma mais clara
Ela desvia o olhar
Ela prefere os desvios
Ela desvia na contramão
E de tanto desviar o olhar
Ela não percebe o meu olhar
O que ela devia olhar
Nossos olhos
numa desencontrada
contramão
É apenas uma menina irada, mirada, apenas por ser calada
Ilhada, cercada por uma multidão
Vai juntando cada pedra atirada
E atira-se num mundo estranho
E de estranho em estranho
passa a ver tudo de forma mais clara
Ela desvia o olhar
Ela prefere os desvios
Ela desvia na contramão
E de tanto desviar o olhar
Ela não percebe o meu olhar
O que ela devia olhar
Nossos olhos
numa desencontrada
contramão
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