quinta-feira, 18 de fevereiro de 2016

Quem me dera fossem meus dedos
Por entre seus dedos
Em vez do teu cigarro

Quem me dera seu trago
Tão apreciado, olhos fechados
Fossem meus lábios...

Em vez do teu cigarro

Quem me dera esse seu olhar distante, longe...

Perto do meu olhar distante


Ah, quem me dera nossos silêncios se entrelaçando

Quem me dera, tudo não passasse de um sonho


Alguém me dirá:
Acorde
E eu responderei:
Mas é justamente por isso que sonho:
Eu acordei

E os que vivem em sonhos, as sensações, tal qual Platão, “estou acordado”...

Ah, se fosse fácil para mim enganar a mim mesmo

Mas, nessa arte, sou fraco





Acendo meu cigarro...







... E sonho

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