"Ao te curvares com a rígida lâmina de teu
bisturi sobre o cadáver desconhecido, lembra-te que este corpo nasceu do amor
de duas almas, cresceu embalado pela fé e pela esperança daquela que em seu
seio o agasalhou. Sorriu e sonhou os mesmos sonhos das crianças e dos jovens.
Por certo amou e foi amado, esperou e acalentou um amanhã feliz e sentiu
saudades dos outros que partiram. Agora jaz na fria lousa, sem que por ele se
tivesse derramado uma lágrima sequer, sem que tivesse uma só prece. Seu nome,
só Deus sabe. Mas o destino inexorável deu-lhe o poder e a grandeza de servir à
humanidade. A humanidade que por ele passou indiferente"
(Rokitansky)
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