lápis,
penas,
teclados,
máquinas de datilografar...
Por todos os rabiscos,
desenhando versos,
auges da dor,
gritos em silêncio
Por toda sede de ceder,
para beber um mundo melhor...
Pela fome de beleza
(a mais distante, a mais rara)
arrancada de dentro...
do seio da Poesia
Mergulhos profundos,
profundamente imprevisíveis,
sensíveis seres...
...Humanos de verdade
Somos unha e carne
Mas nem só unha, nem só carne
O dedo, a mão, o braço, o corpo inteiro...
Sobretudo, o coração
O todo
O todo
Poderia eu agradecer, mas não...
Não foi por obrigação que o fizeram, eu bem sei...
Salva-vidas da alma
Às vezes,
preciso de remédios
mais fortes que venenos
Overdose de poesia
E meu coração...
a
dor
mece
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