segunda-feira, 26 de abril de 2010

Para o amigo-irmão Thiago Nuts

Estamos aí
Sendo confundidos com pessoas comuns
Sendo cobrados, como se devêssemos explicações a eles
E por sermos diferentes, sabemos a arte de perdoá-los

Cada um trancado em seu quarto
Com palavras e idéias sufocando o peito
E a falta de coragem de gritá-las, de pô-las para fora
Suportam tudo isso porque têm um computador para distraí-los

A vida deixou de ser alimentada de sangue
Basta agora chips modernos
Impressionam-se com um processador que vale por quatro
E não estão nem aí para o ser humano que vale e sente por mil

Nós não
Estamos aí
Acima de tudo para confundir
Às vezes, confundimos a nós mesmos
Mas uma coisa é certa:
Perto de morrermos, não estaremos confusos
Pensando se valeu a pena ou não ter vivido

Aos 46 do segundo tempo
Eles hão de nos entender

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