São Paulo do tráfego
E um sergipano andando a pé
Desço a Consolação e na esquina da Maria Antônia paro e tomo um café
Depois subo pela Augusta, entro na Peixoto Gomide até chegar na rua Itararé
Uma menina me espera lá
No quinto andar, vou flutuar
Enquanto carros, stress e buzinas disputam espaço
Só ouço sua voz, só vejo teu riso, só sinto teus abraços
De volta à Haddock Lobo, minha morada, na minha janela
Acendo um cigarro e continuo pensando nela
Logo depois, logo ali, na Av. Paulista
Próximo da esquina onda Alice Ruiz se perdeu de vista
Passo por um senhor que toca Chico Buarque em uma sanfona, com seu chapéu no chão
Te deixo uns trocados e pego o metrô Consolação
Desço na Luz e não penso mais nela
Um minuto de silêncio, estação Pinacoteca
Onde meus heróis foram presos e torturados até a morte
Vivo no séc. XXI, sem saber se tenho azar ou sorte
Não existe mais Henfil, Mariguela, Vladimir Herzog
Respiro fundo, sigo em frente, preciso ser forte
E vou prestando atenção em suas crianças, São Paulo
De vez em quando ganho um sorriso e isso é raro
São tantas ruas, tantos lugares, tantos bares, tantas esquinas
Impossível te descrever em poucas linhas (e já são tantas)
Av. Angélica, Av. do Estado, Av. Tiradentes, Nove de Julho, Vila Carrão, Tatuapé...
Passo também pelo seu coração
Bêbados, artistas, loucos e trabalhadores se misturam na praça da Sé
Paro na esquina da Ipiranga com a São João e peço uma cerveja
Enquanto falam mal de você com tanta firmeza
Esse contraste, esse paradoxo, é que faz tua beleza
São Paulo de amor e ódio, quem sou eu para te julgar?
Mas um segipano nunca vai te esquecer...
Tenha certeza!
Taí. Esse texto me deu vontade de conhecer São Paulo. Nunca tive. Da cerveja da Ipiranga com a São João já até senti o gosto.
ResponderExcluirBeijo, rapaz.
Hahaha :D
ResponderExcluirOra...está convidada... :D
Beijo!!
também a mim me apeteceu.pena ser tanto tempo de avião :S
ResponderExcluirMas, mesmo assim, está convidada tb, Ema!! :D
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