Quando o estado
de espírito da pessoa...
Quando o
estado islâmico.
Terrorismo
que me causam
E são tantos
E, muitas
vezes, sem saber
Outras vezes,
maldosamente
Convictos
Seja como
for
Com todo o
respeito às raridades...
Não é
raridade explodirem bombas de dor dentro de mim
Prédios de
tristeza desabam, e não só de dois em dois, às vezes, muito mais
Muitos eus
mutilados, oh meu Deus, e eu aqui, tendo que reconhecer o cadáver de cada um,
para enterrá-lo dignamente, e de verdade, e não da boca pra fora
Quantas almas,
tão lindas, tão minhas, foram atropeladas, por um e outro, louca ou louco, numa
ação desgovernada, numa tragédia absurda, algo que não se diz, algo que não se
faz?
Quantas crianças,
de dentro de mim, minhas, foram sequestradas, estupradas, minhas preciosidades,
detentoras de minha inocência? Muitas hoje vivem assustadas
Quantos
bombardeios na região nobre, tão preciosa de minha bondade?
Oh, eu reconheço, é pouca, mas não me maltratem, por favor, tenho feito o que posso
Oh, eu reconheço, é pouca, mas não me maltratem, por favor, tenho feito o que posso
Quantos não
se aproveitam dela, e da forma mais sutil, digno de um senhor terrorista?
Tenho o
máximo respeito pelas raridades
Agora,
encontro-me boiando, meu barco virou, tenho fome, de gente de alma, a
correnteza me leva, quase morto, chego à praia
E enquanto
tentam me salvar, ouço alguém dizer:
Maldita
guerra
Pobre rapaz
Mais um
refugiado
Mais um que
morrerá afogado
E eu acho
forças, as últimas que me sobram, e sempre sobrarão em último caso, sou dos “vaso que não quebra nunca”, para dizer:
Não,
senhor...
Vou morrer é
de poesia.
E, a saber:
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