sexta-feira, 31 de outubro de 2014

Nunca se sabe o tamanho da raiz... Por isso o medo de arrancá-las, é natural, é inerente ao humano... E deixamos aquelas velhas árvores, já sem folhas, carcomidas pelo tempo, secas, sem aparência nenhuma, a não ser, a de algo lúgubre, tomando espaço dentro de nós. Podemos sim, sem culpa, quem dirá que não, deixá-las no mesmo lugar, para não sentirmos a dor de arrancá-las lá de dentro... É mais cômodo... Para que sofrer? Só tenho a impressão que esses restos mortos, quando imortais, ficam tomando espaço impedindo que outras sementes germinem, que outras árvores cresçam e nos dê novos frutos, frescos. Por isso, quando vejo uma pessoa ressentida, magoada, reclamona demais, sinto-me como de frente para um cemitério de galhos e folhas mortas... Um jardim, uma floresta abandonada... Um suspiro e um lamento, de minha parte... Quanta beleza desgastada... Quanta beleza desgastada... E o que é interessante: talvez seja para ser mesmo assim... E eu precisando de um ambiente fresco para poder respirar melhor.

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