Nunca se sabe o tamanho da raiz... Por isso o medo de arrancá-las, é natural, é inerente ao humano... E deixamos aquelas velhas árvores, já sem
folhas, carcomidas pelo tempo, secas, sem aparência nenhuma, a não ser, a de
algo lúgubre, tomando espaço dentro de nós. Podemos sim, sem culpa, quem dirá
que não, deixá-las no mesmo lugar, para não sentirmos a dor de arrancá-las lá de
dentro... É mais cômodo... Para que sofrer? Só tenho a impressão que
esses restos mortos, quando imortais, ficam tomando espaço impedindo que outras
sementes germinem, que outras árvores cresçam e nos dê novos frutos, frescos. Por
isso, quando vejo uma pessoa ressentida, magoada, reclamona demais, sinto-me
como de frente para um cemitério de galhos e folhas mortas... Um jardim, uma floresta abandonada... Um suspiro e um lamento, de minha parte... Quanta beleza desgastada... Quanta beleza desgastada... E o que é interessante: talvez seja para ser mesmo assim... E eu precisando de um ambiente fresco para poder respirar melhor.
sexta-feira, 31 de outubro de 2014
terça-feira, 28 de outubro de 2014
terça-feira, 14 de outubro de 2014
segunda-feira, 13 de outubro de 2014
sábado, 11 de outubro de 2014
quarta-feira, 8 de outubro de 2014
Disperso...
Desconectado da rede humana
Conexão caiu
O bug do milênio
Ou, talvez, grande parte dos usuários
É que estão bugados
De qualquer forma, tanto faz
Sou um sistema sem anti-vírus... Exposto... Dói... É mais perigoso...
Mas eu me viro
Tem também os que querem me invadir
Espiões, hackers e companhia
A me vigiar, a me roubar...
Quando não
Pessoas distantes.........................................................................................Bem distantes
Sem o toque...
Sem o olhar
Não, a conexão não caiu
Fui eu mesmo quem puxou o cabo...
E sem cuidado nenhum
-----------------------------------------
Lembrei-me da música Society, de Eddi Vedder, da trilha sonora do filme "Na Natureza Selvagem"
Tradução da música (www.letras.mus.br):
Nós temos uma ambição que concordamos.
E você pensa que você tem que querer mais do que precisa.
Até você ter tudo, você não estará livre.
Sociedade, sua raça louca.
Espero que não esteja solitária sem mim.
Quando você quer mais do que tem
Você pensa que precisa.
E quando você pensa mais do que você quer
Seus pensamentos começam a sangrar.
Acho que preciso encontrar um lugar maior
Pois quando você tem mais do que imagina,
Você precisa de mais espaço.
Sociedade, sua raça louca.
Espero que não esteja solitária sem mim.
Sociedade, realmente louca
Espero que não esteja solitária sem mim.
Tem aqueles achando, mais ou menos, que menos é mais
Mas se menos é mais, como você mantém um placar?
Quer dizer que pra cada ponto que faz, seu nível cai
É como começar do topo
Você não pode fazer isso.
Sociedade, sua raça louca.
Espero que não esteja solitária sem mim.
Sociedade, realmente louca
Espero que não esteja solitária sem mim.
Sociedade, tenha piedade de mim
Espero que não fique brava se eu discordar
Sociedade, realmente louca
Espero que não esteja solitária sem mim
Desconectado da rede humana
Conexão caiu
O bug do milênio
Ou, talvez, grande parte dos usuários
É que estão bugados
De qualquer forma, tanto faz
Sou um sistema sem anti-vírus... Exposto... Dói... É mais perigoso...
Mas eu me viro
Tem também os que querem me invadir
Espiões, hackers e companhia
A me vigiar, a me roubar...
Quando não
Pessoas distantes.........................................................................................Bem distantes
Sem o toque...
Sem o olhar
Não, a conexão não caiu
Fui eu mesmo quem puxou o cabo...
E sem cuidado nenhum
-----------------------------------------
Lembrei-me da música Society, de Eddi Vedder, da trilha sonora do filme "Na Natureza Selvagem"
Tradução da música (www.letras.mus.br):
Sociedade
É um mistério para mimNós temos uma ambição que concordamos.
E você pensa que você tem que querer mais do que precisa.
Até você ter tudo, você não estará livre.
Sociedade, sua raça louca.
Espero que não esteja solitária sem mim.
Quando você quer mais do que tem
Você pensa que precisa.
E quando você pensa mais do que você quer
Seus pensamentos começam a sangrar.
Acho que preciso encontrar um lugar maior
Pois quando você tem mais do que imagina,
Você precisa de mais espaço.
Sociedade, sua raça louca.
Espero que não esteja solitária sem mim.
Sociedade, realmente louca
Espero que não esteja solitária sem mim.
Tem aqueles achando, mais ou menos, que menos é mais
Mas se menos é mais, como você mantém um placar?
Quer dizer que pra cada ponto que faz, seu nível cai
É como começar do topo
Você não pode fazer isso.
Sociedade, sua raça louca.
Espero que não esteja solitária sem mim.
Sociedade, realmente louca
Espero que não esteja solitária sem mim.
Sociedade, tenha piedade de mim
Espero que não fique brava se eu discordar
Sociedade, realmente louca
Espero que não esteja solitária sem mim
terça-feira, 7 de outubro de 2014
segunda-feira, 6 de outubro de 2014
domingo, 5 de outubro de 2014
quinta-feira, 2 de outubro de 2014
A
vida e seu vai-e-vem. No final do ano passado, os ventos sopraram na direção de
São Paulo e, sem contestar minha intuição, embarquei nessa viagem. E já no
início do ano, fui chamado para uma entrevista. Fui contratado. A questão grana
não era mais problema. Em troca, o preço que se paga, trabalho estressante e
cansativo. Até aí, tudo bem, a maioria é assim. Mas meu chefe... Era um
explorador e sem consideração. Sei que a maioria dos patrões são, não tenho
dúvida. Mas, como posso dizer... Esse meu chefe era mais profundo nesses
quesitos.
Dois
meses e meio depois, depois de algumas discussões, algumas um tanto acaloradas,
fui demitido. Ele queria uma marionete, um sujeito obediente, que aceitasse
calado os seus absurdos, que eram bem absurdos. Tinha que me demitir mesmo.
Quando ele me chamou para conversar e noticiou a minha saída, falei para ele:
tudo bem, eu entendo. Se eu estivesse no seu lugar, eu faria exatamente o mesmo.
Recebia um pouquinho mais que um salário mínimo, salário que faz jus ao nome. Esse
preço já era suficiente para pagar o stress e o cansaço. Mas meu chefe ia além.
O problema... Era que eu ia também.
Morei
em quarto menor do que o salário mínimo, onde o espaço era só, praticamente,
uma cama de solteiro. Estava adorando morar lá, a experiência, e só lamentei
por isso. Enquanto eu divagava nos meus dias de folga pós-demissão, resolvi
voltar para Sergipe e morar novamente na cidade que cresci, quinze anos depois.
Seria o ideal para o livro que estou escrevendo. Só doeu um pouco ter que deixar
esse meu “quarto mínimo”. Mas, para seguir adiante, é preciso deixar algumas
coisas para trás... O tempo passou, acabou, mesmo que rápido, três meses. Se é para
seguir o caminho de mim mesmo, não lamento. Esse quarto é só mais um de
inúmeros lugares que já morei. Todos moram dentro de mim e chegou mais um para
a coleção.
Procurei
emprego em Estância, cidade interiorana de Sergipe, lugar da minha cria. Cidade
onde brinquei descalço em plena rua, jogando futebol, correndo pela praça...
Cidade onde ia para o colégio sozinho, com 10 anos de idade. Cidade que não era
asfaltada, que não tinha semáforo, cidade ideal para a infância desta alma que
escreve essas linhas. Quis voltar para lá e cutucar dentro de mim essas velhas
lindas lembranças. Queria que meu cotidiano voltasse para lá, para sentir de
perto as mudanças da cidade que já lotou de carros, que tem ruas asfaltadas e
semáforos para organizar o trânsito, o mesmo que eu passeava com minha
bicicleta, mesmo com minha pouca idade, era tudo muito mais tranqüilo. E eu
queria sentir o sabor dessa mudança, enquanto decidia que rumo iria tomar.
Não
consegui emprego. Dois ainda bateram na trave, prometeram, mas não rolou. A vida
e seu vai-e-vem. A vida e suas voltas. Quanto mais você sobe, maior é a
descida, tal qual uma montanha russa. Acabei ficando em Aracaju, morando com
minha mãe. Resolvi procurar emprego por aqui mesmo. O vento soprou para lá, mas
acabou antes mesmo de começar, pelo menos do jeito que eu imaginava. Deu
errado? Não, nada dá errado. A vida é uma eterna continuação, com direito à
regeneração e, da regeneração, pode-se aproveitar alguma coisa para a
continuação. Em Aracaju, comecei a procurar, mas nada de ligarem. Até que
surgiu um concurso... Olhei as vagas... Dá para eu passar. Uma cidade me chamou
a atenção: Rio de Janeiro, quem diria... Eu não disse que voltaria? Era só deixar
o acaso rolar.
Meu objetivo
maior é uma cabana isolada numa praia, se não deserta, com pouco movimento. Ou
uma casa no meio do mato. Não precisa ser longe da civilização... Basta que ela
fique em um lugar afastado. Mas, antes de chegar a
esse objetivo, ou até ter dinheiro para tal, aproveito para experimentar todos
os lugares que me tragam algo, das mais variadas formas, cada cidade com sua
cara, cada lugar com suas características. Antes de tomar uma decisão, antes de
fazer a escolha de me abster de algo, eu preciso experimentar os opostos para
tomar minha decisão.
Ainda
estou estudando e a prova é só em Dezembro. Na verdade, ainda estou decidindo. A
vida e seu vai-e-vem. Talvez, concursado novamente. Se for, mais uma cidade
nova de se morar. Aqueles dez dias que passei por lá, no Rio, mais valeram como
um passeio. Quando decidi voltar para Sergipe, pelas coisas que deram errado,
eu sabia que, se fosse para ser, seria. E, pelo que eu sentia, já sabia, pela
leveza com que saí de lá... Só não sabia quando... E, quem sabe, não será
agora? Mas tudo isso, todas essas coisas, são só minha alma devaneando, o novo,
ainda que uma rotina, uma outra rotina... O começar tudo de novo...
Nesse
momento, volto a um estágio que eu já tinha ultrapassado... Mas a vida dá
voltas e cá estou eu recomeçando... Tudo de novo? Não, claro que não. O que
passou, não é jogado fora. Recomeçar tem mais a ver com continuar, do que com
começar de novo. Para poder eu ser quem eu sou, para fazer o que amo fazer,
faço qualquer sacrifício. No momento, não há outra saída. Mas qualquer saída, é
sempre uma saída. Não foco no que deixou de ser, e sim, em tudo que ainda pode
ser... E todas as suas conseqüências... Que venham... A vida segue, e eu
seguirei seguindo segundo minha alma. E mesmo que ela se equivoque de vez em
quando, lembro da máxima do grande ser: Deus escreve certo por linhas tortas.
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