domingo, 6 de abril de 2014

Sozinha, livro nas mãos, sentada...

Olhos em movimento

Olho seus movimentos

Da esquerda para a direita,

lentamente,

castanhamente...

Às vezes um riso

Tudo isto

Numa esquina

Que eu espreito


  
Tudo isso,
rima
com minhas rimas






E quando os olhos desviam o caminho
e em outra direção,
caminham?

Às vezes Sul
Às vezes Norte,
Às vezes...
Meio nordeste

Como se buscasse,
em cada lugar,
um lugarzinho,
debaixo das asas...

Da imaginação



Voando lentamente...

Viajando


Parece que,
nesse momento,
sua mente nada mente
Parece que tudo se sente,
na sua mais perfeita sensação

A história lida,
com vida,
riscada,
rabiscada,
sentida,
impressa,
em prosa,
ou rima...

no seu coração


A sublimar sensação
Que a imaginação sublinha

Que quando vejo,
Faz-me brincar com rimas

E só quem sente...


Sente





E foi isso o que eu senti
Ao ver você assim
Fumando um cigarro,
A ler...




Tomando uma cerveja sozinha












Sentado na cadeira,
em minha mesa,
sentindo umas coisas

E, quem sabe,
essas coisas,
nessa linhas,
escreva...

Qualquer coisa
O que seja...


Qualquer coisa tão linda


Tanto quanto o que eu vi












Pego o guardanapo
Nem penso em papo
Na verdade
Não tenho mais papo...

Pego tudo e passo,
logo, tudo para o papel

Pego uma caneta,
um lápis,
um pincel..

O que quer que seja!!!


Qualquer coisa que escreva

Que descreva
O que é
Observar
Quem absorve
As letras
De quem
Um dia
Absorveu
Sozinho
As entrelinhas
Em letras...











Agora,
é você,
de frente
para mim,
neste lugar

Você,
deste planeta,
deste lugar

Rabiscarei,
nem que eu cometa
um ato vulgar

Nem sei se algum desses,
agora acompanhada,
ao seu lado,
todos tem ares enamorados
por acaso,
te namoram?

Mas, antes de ir embora,
esse guardanapo,
em suas mãos,
ou, quem sabe,
em seu coração...

Ficará



Seria pecado,
se esse papel já um tanto molhado,
já tão riscado,
tão rasurado,
riscado pra lá e pra cá...

Eu levasse pra casa

Comigo,
estes rabiscos,
se sentiriam desabrigados

Por isso,
brigam comigo
Deixa-me uma angústia,
o mais conhecido castigo

E me pedem,
humildemente,


asilo



Quer ir passear aí pros seus “lado”




Quer conhecer um pouco desse seu lugar














Timidamente chego,
já indo embora

Olhos nos olhos

O guardanapo,
deixo...

Todo sem jeito


“Devolva-me essas poesias,

por favor,

por e-mail...




Ou,



então...






Devolva-me”

Nenhum comentário:

Postar um comentário