Depois de tanto lutar
Depois de tantas batalhas com a vida
Achaste a chave certa para a porta que procuravas...
Então, finalmente, chegou?
Não...
Apenas achaste o início de tudo
Antes, era só o pré-início
terça-feira, 29 de abril de 2014
domingo, 27 de abril de 2014
Seja um Santos Dumont em sua alma
Suba no monte, faça ela voar
Tem um monte delas presas,
presas fáceis para o sistema
Não tema!!
Escolha bem o seu rei:
Um outro qualquer
ou você mesmo
Vá, arrisque
Não corra o risco de sua vida escorrer pelo ralo
De escorrer pelos dedos
Não seja só mais um dado
Um CPF e uma foto 3x4
Não morra tão cedo
Viver não é só respirar...
Isso é só o começo
sábado, 26 de abril de 2014
quinta-feira, 17 de abril de 2014
quarta-feira, 16 de abril de 2014
segunda-feira, 14 de abril de 2014
Marcada por dores
Chegadas sem hora marcada
As insutilezas da vida
Sem consulta marcada
Não há vagas para ti
Não há remédios
Não há bulas...
Volte na semana passada
É preciso cirurgia, urgente, às pressas
Tirar as compressas do peito
Tirar a pressão,
não do corpo...
Mas do corpo inteiro
Da alma
Amarrar teus braços,
borracha bem apertada...
Cadê sua veia?
Já se esconde
Assustada...
Calejada
Vontade de morrer,
três vezes por semana
Tirar sangue todos os dias
Medir o colesterol...
O sal de viver
Ou o açúcar, em demasia
Tudo em você é demais
---------
Não precisa preencher fichas, comigo
Aliás, nem sou médico
Mas já sei seu endereço,
seus dados,
seu abrigo...
Eu também morei lá,
onde você está morrendo:
Em qualquer lugar
Não abri cadáveres, para estudar,
corpos abandonados, assim como abandonaram a ti
Abri, sim, meu próprio peito
Para, com efeito,
estudar anatomia...
na minha alma
Especializei-me
em melancolia...
Mas não em uma sala de aula
Eu estudava ali,
onde, um dia,
um livro,
sobre a morte,
você lia...
Bem vizinho
Onde eu arrumei minha barraca
---------
Não há cura, meu amor...
Só anestesias...
Não à toa,
escrevo poesias...
Minha receita
E esta
É apenas
Para te receitar
Para te recitar...
Um abraço meu!
domingo, 13 de abril de 2014
No meu Universo interior
De todas as estrelas
A que mais brilha é você
Uma espécie de sol
Banhando um planeta de luz
Habitado por um bilhão de almas minhas
Agora, ficou até mais fácil fazer poesia:
basta eu olhar para o céu
Ficou até pequeno, o papel,
para tantas inspirações,
para tantas linhas
E o planeta,
terá seu nome
Astrônomo dedicado que eu sou,
uma nova descoberta minha...
O meu velho Universo em harmonia
sexta-feira, 11 de abril de 2014
domingo, 6 de abril de 2014
Sozinha, livro nas mãos, sentada...
Olhos em movimento
Olho seus movimentos
Olho seus movimentos
Da esquerda para a direita,
lentamente,
castanhamente...
Às vezes um riso
Tudo isto
Numa esquina
Que eu espreito
Tudo isso,
rima
com minhas rimas
E quando os olhos desviam o caminho
e em outra direção,
caminham?
Às vezes Sul
Às vezes Norte,
Às vezes...
Meio nordeste
Como se buscasse,
em cada lugar,
um lugarzinho,
debaixo das asas...
Da imaginação
Voando lentamente...
Viajando
Parece que,
nesse momento,
sua mente nada mente
Parece que tudo se sente,
na sua mais perfeita sensação
A história lida,
com vida,
riscada,
rabiscada,
sentida,
impressa,
em prosa,
ou rima...
no seu coração
A sublimar sensação
Que a imaginação sublinha
Que quando vejo,
Faz-me brincar com rimas
E só quem sente...
Sente
E foi isso o que eu senti
Ao ver você assim
Fumando um cigarro,
A ler...
Tomando uma cerveja sozinha
Sentado na cadeira,
em minha mesa,
sentindo umas coisas
E, quem sabe,
essas coisas,
nessa linhas,
escreva...
Qualquer coisa
O que seja...
Qualquer coisa tão linda
Tanto quanto o que eu vi
Pego o guardanapo
Nem penso em papo
Na verdade
Não tenho mais papo...
Pego tudo e passo,
logo, tudo para o papel
Pego uma caneta,
um lápis,
um pincel..
O que quer que seja!!!
Qualquer coisa que escreva
Que descreva
O que é
Observar
Quem absorve
As letras
De quem
Um dia
Absorveu
Sozinho
As entrelinhas
Em letras...
Agora,
é você,
de frente
para mim,
neste lugar
Você,
deste planeta,
deste lugar
Rabiscarei,
nem que eu cometa
um ato vulgar
Nem sei se algum desses,
agora acompanhada,
ao seu lado,
todos tem ares enamorados
por acaso,
te namoram?
Mas, antes de ir embora,
esse guardanapo,
em suas mãos,
ou, quem sabe,
em seu coração...
Ficará
Seria pecado,
se esse papel já um tanto molhado,
já tão riscado,
tão rasurado,
riscado pra lá e pra cá...
Eu levasse pra casa
Comigo,
estes rabiscos,
se sentiriam desabrigados
Por isso,
brigam comigo
Deixa-me uma angústia,
o mais conhecido castigo
E me pedem,
humildemente,
asilo
Quer ir passear aí pros seus “lado”
Quer conhecer um pouco desse seu lugar
Timidamente chego,
já indo embora
Olhos nos olhos
O guardanapo,
deixo...
Todo sem jeito
“Devolva-me essas poesias,
por favor,
por e-mail...
Ou,
então...
Devolva-me”
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