Alma em brasa
Abraço os versos sobreviventes
(alguns de seus autores até já se foram)
Agradeço imensamente aos que pegaram a caneta, o lápis, que digitaram em sua máquina de datilografar, ou seja lá o que for,
para deixarem palavras
Clarice Lispector um dia escreveu para suas irmãs: "sou doente da alma".
E nessa doença sem cura,
palavras é a minha anestesia
Quem me dera existisse morfina para alma...
Eu seria um viciado assumido
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