terça-feira, 7 de fevereiro de 2012

Esse meu jeito, de sujeito sem jeito
Esses meus gestos, por vezes, indigestos
Essa minha voz, por vezes voraz, por vezes veloz
Por vezes mansa, por vezes sonsa, por vezes feroz
                                              
Essa ida sem rumo, mas sempre com rima
Há um mundo além desse mundo
Num silêncio com voz
Chegou minha vez, ouça falar
E não é preciso senha
Só sonhar

Esse meu jeito sem jeito
Veio de tudo que aprendi durante a gestação
Agora, vinte e nove anos depois, posso sentir:
Estourou a bolsa
Não é preciso mais médico, correria
Agora é silêncio, dor e alegria

Eu queria muito poder descrever em poucas, ou até mesmo, em muitas linhas,
a sensação de nascer
A verdadeira sensação da, finalmente,
Liberdade
Sim, com “L” maiúsculo mesmo

Sinto pelos que não passarão da gestação, que não nascerão
Mas darei cada gota do meu sangue para levar ao maior número de pessoas possível
o caminho


Não, não sou Deus


Muito menos santo



Eu


apenas


sinto

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