sábado, 23 de janeiro de 2010

Voar...

Nasci, fui crescendo e há cada dia que passava, sentia um peso maior em minhas costas. Minha coluna estava começando a curvar-se para frente. O tempo passava e cada vez maior o peso.
Até que um dia me revoltei: joguei-o para trás. E ao cair no chão, a terra tremeu e todos foram jogados para o ar. Olhei para os lados, a maioria parecia ter medo. Eu não. Aproveitei para admirar tudo que podia. Uma visão bem maior das árvores, dos rios, das cidadezinhas pequenas...tudo lá do alto. Eu acenava para os pássaros e cumprimentava os urubus (mas não perturbava aqueles que ficam com as asas abertas, imóveis, como se estivesse flutuando, como se estivesse viajando). Eu olhava para cima e via o infinito mais de perto. Eu passeava por entre as nuvens e enquanto isso, tanta gente preocupada.
Estava tentando ir até a lua cheia, dar um abraço nela, quando de repente, todos voltaram a cair. Na queda, me segurei numa nuvem. Não queria mais voltar. Ainda não era hora: preciso dar um abraço na lua cheia e o caminho é longo...

Um comentário:

  1. ...passeio entre os astros...o fato é que a alma tem que estar leve,entao,leve,moço,a vida da melhor forma...caminho longo,mas que nao lhe falte as cores mais felizes no decorrer das andanças...belo texto*.*

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