Lembro de quando a gente brincava
De terrorismo poético
Uma palavra lançada ao ar, a faísca
E nossa explosão de versos
Morte, sensibilidade, luto, alma, amor, solidão
Não sairemos nas capas dos jornais
Nem nos perseguirão
Quem... Entenderão?
O terror era todo nosso, apenas nosso
E enquanto não morremos
Em nome de Alá da Poesia
Ajoelhamos e juntamos
A palma da sua
Com a palma da minha mão
E rezamos, diante de nós mesmos
Às vezes eu, Jesus
Às vezes você, a cruz
E vice-versos.