Nesse mundo do faz de contas
Perdi as contas
De tantas farsas
De tantas contas
Que não foram pagas
De tantos ‘devos’
Pago o preço.
Nesse mundo de faz de contas
Pago minha conta
E faço de conta...
Que eu não sou daqui.
Lembro de quando a gente brincava
De terrorismo poético
Uma palavra lançada ao ar, a faísca
E nossa explosão de versos
Morte, sensibilidade, luto, alma, amor, solidão
Não sairemos nas capas dos jornais
Nem nos perseguirão
Quem... Entenderão?
O terror era todo nosso, apenas nosso
E enquanto não morremos
Em nome de Alá da Poesia
Ajoelhamos e juntamos
A palma da sua
Com a palma da minha mão
E rezamos, diante de nós mesmos
Às vezes eu, Jesus
Às vezes você, a cruz
E vice-versos.
Meu quinto filho
Publicado em Dezembro de 2017
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