quarta-feira, 31 de agosto de 2016

Alma calejada
Ando calado
Por aí, aéreo, a esmo...

Tenho os pés no chão.


Versões distorcidas
Inversões
Visões distorcidas
Invenções
Pessoas distraídas
Traições...

E neeeem...

É tudo tão normal.

Convencional que não me convence
Apesar de estar convencido que as coisas são mesmo assim
Por que também não sou?
Por que essa minha sanidade tão insana?
Será as feridas de minha alma?
Será a cura das feridas de minha alma?
Será, à parte de qualquer coisa, minha alma?

Ando calado
Por aí
Aéreo
Enquanto carros passam
Velozes
Enquanto o mundo corre
Sabe-se lá para onde...

Desde que o destino seja umbigo próprio.


Isolo-me

E sinto tesão
Quando estou sozinho

Praia deserta
O mar
A lua
Eu, apenas eu,
As estrelas...

E o espaço...



E o vazio.





Tiro a roupa
Do corpo
Da alma
Uma energia
Uma atração
Puxa-me
A gravidade do mistério

Arrepios...

Caio no mar.


E sinto o invisível me colocando nos braços
E sinto minha energia renovada
E eu cada vez mais calado
Aéreo
Observando, observando, observando...
Olhar distante...

Absorvendo o que não enxergam
Para ser absolvido
Desse castigo que é amar...



Nesse mundo tão distraído.

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