Alma
calejada
Ando
calado
Por
aí, aéreo, a esmo...
Tenho
os pés no chão.
Versões
distorcidas
Inversões
Visões
distorcidas
Invenções
Pessoas
distraídas
Traições...
E
neeeem...
É
tudo tão normal.
Convencional
que não me convence
Apesar
de estar convencido que as coisas são mesmo assim
Por
que também não sou?
Por
que essa minha sanidade tão insana?
Será
as feridas de minha alma?
Será
a cura das feridas de minha alma?
Será,
à parte de qualquer coisa, minha alma?
Ando
calado
Por
aí
Aéreo
Enquanto
carros passam
Velozes
Enquanto
o mundo corre
Sabe-se
lá para onde...
Desde
que o destino seja umbigo próprio.
Isolo-me
E
sinto tesão
Quando
estou sozinho
Praia
deserta
O
mar
A
lua
Eu,
apenas eu,
As
estrelas...
E
o espaço...
E
o vazio.
Tiro
a roupa
Do
corpo
Da
alma
Uma
energia
Uma
atração
Puxa-me
A
gravidade do mistério
Arrepios...
Caio
no mar.
E
sinto o invisível me colocando nos braços
E
sinto minha energia renovada
E
eu cada vez mais calado
Aéreo
Observando,
observando, observando...
Olhar
distante...
Absorvendo
o que não enxergam
Para
ser absolvido
Desse
castigo que é amar...
Nesse
mundo tão distraído.