segunda-feira, 29 de dezembro de 2014

O que fazer quando se descobre, enfim, depois de todas as certezas que eram necessárias para se descobrir, que tudo não passa de uma ilusão, uma farsa, um jogo, jogadas muito bem pensadas, outras nem um pouco, mentiras mil desnecessárias, a vaidade muito mais que supervalorizada, a matéria muito mais importante que alma, a roupa mais bonita para sair de casa, para o olhar do outro não dar uma reprovada, furar fila para ser coroado por si mesmo como o mais esperto, os desejos focados em dinheiro, status, peso, com a saúde encabeçando os pedidos, com as empresas cada vez mais propagandeando seus produtos deliciosos, entupidos de açúcar, ou com muita “gordura” e os médicos dizendo para cortar as calorias... Trocar o carro novo por um outro mais novo, pois a sociedade está aí para assistir, não se pode fazer feio... E quem precisa de ajuda nem sequer é lembrado, a não ser quando uma coincidência em um caso estritamente necessário, só quando a situação exige sua participação... Ou quando tiram um pedacinho do que têm para fazer uma boa ação no final do ano, para a consciência ficar tranquila... A corrupção, corrupção, corrupção (não só vinda de políticos)... As pessoas que nos amam, muitas vezes, não passa de uma coincidência de gostos semelhantes, mas logo as diferenças escancara a realidade... Egoísmos que não acaba mais... Orgulho fincado no fundo do ser, a raiz de toda a farsa... Quando será que começamos a nos levar para esse caminho tão hilário?............ Não fosse triste. Além desses, há também os assustados, os desconfiados, justamente por tudo aqui dito, e com razão... O mundo disfarçado... Máscaras, máscaras, máscaras... Dá medo, sim, é de se desconfiar...
É claro, há as exceções, há os que se salvam... Os que amam de verdade, os que ajudam quando podem (e não só quando a vida não lhe dá outra saída), os que sorriem apesar dos pesares e os que aceitam um sorriso de bom grado e sem desconfiança nenhuma... Principalmente as crianças... São os rebeldes da farsa.
Mas, enfim, esse é o nosso mundo, depois de sabe-se lá quantas vezes o nosso planeta girou em torno do sol... E a tendência é, ainda mais, da essência se distanciar... 2014, dezembro, presente, eu, agora, esse é o mundo e o momento que eu fui parar... O mundo é assim, e não tenho nada para reclamar, pois eu tenho a mim...

O que fazer?

Faço minha a parte e se quero mudar, faço por onde e, quanto ao resto, à toda farsa, cada um teria que também fazer a sua, mas aí é um problemas deles, não meu...... Leve.... O vento é quem me leva... Quem quiser brincar de sangue, de máscaras, dramas com belas traições, medidas as serem cumpridas rigorosamente como um troféu, regras totalmente artificiais, que vivam... Eu vivo comigo mesmo, com minha realidade que, quando exposta, mais parece uma ilusão... E é... Mas minha ilusão é tão real, quanto sua realidade é ilusória.  

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