quarta-feira, 5 de outubro de 2011

Eu acredito no futuro sim, do fundo do coração
Mas tenho a impressão que, atualmente, a humanidade está andando em marcha ré
Apesar do esforço de alguns
Há o esforço de outros, os que usam a força
E não estou falando de músculos, de armas, muito menos de tamanho
Enquanto alguém se achar melhor que alguém, o passado será o futuro
(Apesar da tecnologia e do tempo que passa)
Se você goza de prazer toda vez que se acha melhor que alguém,
não sabes o quanto isso é broxante

Troféus e mais troféus aos que mais sabem enganar
Vocês precisavam ver a cara de decepção que me olhavam, eu, o perdedor
São tão espertos que têm que ficar espertos, para não passarem a rasteira
E nada mais são que ratos fugindo da ratoeira, das armadilhas
Criadas por eles mesmos: a competição
Somos treinados a competir desde pequenos

O gari, o pedreiro, o doutor, o advogado, o político, o garçom, o bancário
Dentro de todo esse meio, e qualquer outro, tem gente usando a força
O pobre e o rico, o negro e o branco, o homem ou a mulher
Buscam o topo, o lugar mais alto do pódio
Um bando de frustrados, pois só um pode vencer

E topam tudo por dinheiro
Até matam, se preciso for

Um bando de gente roubando escancaradamente e voltando ao “poder”
Vê se pode
Poder: o doce prazer dos imbecis

E enquanto houver imbecis, não sairemos da marcha ré
E por mais que acreditem no futuro,
por mais que falem sorrindo,
por mais que demonstrem sentimento
(eles são bons nisso: em máscaras)
Há força
Há força e a força é minha forca
Gostaria muito que parassem, eu imploro
Se não, a corda apertará

E ela já está no limite,
encostada em meu pescoço

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