Oh, mundo
das ilusões das mais diversas
Versam os
poetas, desiludidos, suas dores mil
Mil e uma
noites, sozinhos, desse mundo se dispersam
E longe descobrem o que o pão e circo, um dia, cobriu
Se esse é
o pão que Jesus multiplicou
Ou se é
aquele que o diabo amassou...
Que
interessa?
Se o
circo faz divertir
Se faz a
criança, Deus da inocência, sorrir
Por que ele
não presta?
Não, não
é o que se come
Muito
menos, não é o que se assiste
O Homem
inventa, e se inventou, existe
Assim
como todos, sem exceção, têm fome
Não se
responsabiliza pelo que está lá fora
Por mais
que, muitas vezes, a intenção seja maldosa
Toda
ilusão está dentro da gente
Com medo
de encararmos frente a frente
O espelho
que a vida nos apresenta
Fazemos
com que o circo seja quem nos representa
E com o
pão, matamos a fome, apenas, do corpo...
Mas isso
é pouco, descobriram os poetas
Depois
que limparam a poeira que o circo deixou
Pegaram a
caneta e, dolorosamente, escreveram coisas diversas
Ao verem,
debaixo da lona, triste e sozinho...
O amor
E ninguém
na platéia