quarta-feira, 31 de agosto de 2016

Alma calejada
Ando calado
Por aí, aéreo, a esmo...

Tenho os pés no chão.


Versões distorcidas
Inversões
Visões distorcidas
Invenções
Pessoas distraídas
Traições...

E neeeem...

É tudo tão normal.

Convencional que não me convence
Apesar de estar convencido que as coisas são mesmo assim
Por que também não sou?
Por que essa minha sanidade tão insana?
Será as feridas de minha alma?
Será a cura das feridas de minha alma?
Será, à parte de qualquer coisa, minha alma?

Ando calado
Por aí
Aéreo
Enquanto carros passam
Velozes
Enquanto o mundo corre
Sabe-se lá para onde...

Desde que o destino seja umbigo próprio.


Isolo-me

E sinto tesão
Quando estou sozinho

Praia deserta
O mar
A lua
Eu, apenas eu,
As estrelas...

E o espaço...



E o vazio.





Tiro a roupa
Do corpo
Da alma
Uma energia
Uma atração
Puxa-me
A gravidade do mistério

Arrepios...

Caio no mar.


E sinto o invisível me colocando nos braços
E sinto minha energia renovada
E eu cada vez mais calado
Aéreo
Observando, observando, observando...
Olhar distante...

Absorvendo o que não enxergam
Para ser absolvido
Desse castigo que é amar...



Nesse mundo tão distraído.

segunda-feira, 29 de agosto de 2016

"Hey, mãe...
Eu tenho uma guitarra elétrica
Durante muito tempo isso foi tudo que eu queria ter

Mas, hey mãe!!
Alguma coisa ficou pra trás...
Antigamente eu sabia exatamente o que fazer.

Hey, mãe!
Tem uns amigos cantando comigo
E eles são legais
Além do mais
Não querem nem saber

Pois agora lá fora
O mundo todo é uma ilha
Há milhas e milhas e milhas de qualquer lugar

Nessa terra de gigantes
Que trocam vida por diamantes

A juventude é uma banda (larga)
Numa propaganda de refrigerantes."



sábado, 27 de agosto de 2016

São tantas lágrimas

Que minha alma encomendou três caminhões-pipa...


Para o caso de necessidade.

sexta-feira, 26 de agosto de 2016

Quanto

De poesia
Caberia
No tamanho
Dessa dor
Inacabável
Teimosia
Sem tamanho...





Quando?

quarta-feira, 24 de agosto de 2016

Faço tudo pra esquecer

Pra depois,
Fazer tudo pra lembrar.

Pra depois ter que esquecer novamente.

Pra depois ter que lembrar.


- Mas que porra é essa?

É a ejaculação da vida.



No vai e vem...


Um hora tem que gozar.


Oh, mundo das ilusões das mais diversas
Versam os poetas, desiludidos, suas dores mil
Mil e uma noites, sozinhos, desse mundo se dispersam
E longe, descobrem o que o pão e circo, um dia, cobriu

Se esse é o pão que Jesus multiplicou
Ou se é aquele que o diabo amassou...
Que interessa?

Se o circo faz divertir
Se faz a criança, Deus da inocência, sorrir
Por que ele não presta?

Não, não é o que se come
Muito menos, não é o que se assiste
O Homem inventa, e se inventou, existe
Assim como todos, sem exceção, têm fome

Não se responsabiliza pelo que está lá fora
Por mais que, muitas vezes, a intenção seja maldosa
Toda ilusão está dentro da gente

Com medo de encararmos frente a frente
O espelho que a vida nos apresenta
Fazemos com que o circo seja quem nos representa
E com o pão, matamos a fome, apenas, do corpo...

Mas isso é pouco, descobriram os poetas
Depois que limparam a poeira que o circo deixou
Pegaram a caneta e, dolorosamente, escreveram coisas diversas
Ao verem, debaixo da lona, triste e sozinho...

O amor








E ninguém na platéia

sexta-feira, 12 de agosto de 2016

Se for para cortar
Rasgando
Riscando a dor...

Que corte (bem) devagar.

Que é para quando você voltar
Voltarmos ainda mais amor.


Ou
Se você se for
Se não suportar
O sangue que jorra
Que se vá
(Bem) devagar.

Que é para
Eu jogar
Flores
Coração túmulo
Enquanto você passa
Enquanto você nunca passa
Versos que caem
Sete palmos de dor.

Os mais finos suspiros...

Os últimos

Exalam...

Enfeitam...

Colorem...

Coração túmulo!!


De quem ainda vive

Mas que você matou.




Não sei se há vida após a morte


Mas há de haver vida após o amor.










Muito mais.