segunda-feira, 30 de junho de 2014

Gritar "Eu acredito" enquanto o Brasil empatava com o Chile, é fácil...

Quero ver é gritar isso para o nosso país

Justo ele, que essa escalação, quem faz somos nós
Quando ficamos ausentes
Estamos presentes de nós

Desamarrar os nós
É o nosso melhor presente

O paraíso não está lá no céu
Nem o inferno, embaixo do chão
A superfície, não é onde pisamos...

Todo o Universo...


Está dentro da gente

sexta-feira, 27 de junho de 2014

Cada um nos marca de uma forma...

Sempre

Desde o mais ignorante
Até o mais sábio

Mas tem uns que se dizem sábios
E ignoram o ignorante
Sem saberem
Que isso os tornam
Mais ignorante que o ignorante
A única diferença entre fazer só para impressionar
E impressionar só pelo fato de ter feito

Está na sinceridade do ato

terça-feira, 24 de junho de 2014

Quis fazer uma poesia
Que explicasse o que é a poesia da sensação
Para todos aqueles que leem, entendem e sentem, todo o profundo de uma poesia




Mas só saiu essas linhas...
Exilado...

Ilhado...

Uma porção de essência cercada por um mar de verdades absolutas por todos os lados

sexta-feira, 20 de junho de 2014

Quanto mais medo da crítica...


Mais seu caso é crítico
Minha alma transgressora me traz paz
A moral... Não tem moral nenhuma pra me falar nada
Vai me falar o que e baseada em que?
Nos costumes, que mais cedo ou mais tarde vão morrer?
Morre quem vive esses costumes
Costume de limitar a alma humana
Jamais me acostumarei

E a moral pode gritar, se descabelar, se espernear...
Se é que ela se permite a isso

Mas é minha alma transgressora que me traz paz


Uma paz violenta...







Mas paz

sexta-feira, 6 de junho de 2014

Ah, esse abismo...
Entre o poeta e as palavras
Onde foi que eu caí?

Justo eu,
Que quando rasgo um papel
Rasgo um pedaço de mim mesmo
Que quando jogo fora
Penso que joguei algo de mim que não entendi

Ah, nasci desesperado querendo voltar para o útero de minha mãe
Mas já era tarde, bateram-me, pois eu não chorava, não era por medo que eu não queria chegar
Só não sentia-me à vontade...
Já pressentia, desde muito cedo, essa verdade inventada...

Vida é uma coisa
Viver é outra
Fazer poesia é uma coisa
Ser poeta é outra

A caneta e o papel...
Imperdoavelmente, uma continuação do meu corpo
Um membro que muitas vezes arranco de mim mesmo
Nessa busca incessante de me ser

Palavras, palavras, palavras...

Oh, Deus... Oh, Deus...
Por que não me deste o dom de matar minhas dores em silêncio?

Agora, tudo que falo...
Viram-se e falam...
Jogam tudo contra mim...

Todos meus gritos são só meus
Quando vão descobrir?
Não se doam, não dê esse gosto para mim

Nas entrelinhas
Não existem minas escondidas
Apenas verdades, muitas vezes não ditas
Que podem ser confundidas
Com palavras a atacar alguém
Algum inimigo que nunca tive


Não, não estou armado, meu amor

Desarme-se, ame,

e compreenderás

quarta-feira, 4 de junho de 2014

A menina pequena que fazia poesia

Olhei para ela, enquanto ela ria
Olhei para ela, nada parecia sério
Enquanto isso, eu pensava:
Essa aí, quando crescer,
agora sem saber,
já tá de encontro marcado...

Com o mistério

Pensei nas dores, com dor
E nas alegrias, com alegria...
Que um dia ela vai enfrentar
Os mares da vida,
que ela vai navegar

Pude ver enquanto a ouvia
Sua angústia de aqui estar
Transformada, e esmiuçada,
em uma inocente poesia

A imaginação já fértil
Sensibilidade aguçada

Sem ela sequer imaginar

Dava-me uma espécie de amor
Dava-me uma espécie de agonia
.
.
.
.
.
Ah, como eu queria conseguir fazer uma poesia para ela


Que a acompanhasse pro resto de sua vida