segunda-feira, 17 de setembro de 2012

      Ao perceber que tentavam puxar meu tapete, foi aí que eu cresci:
além de aprender a não me render,
criei habilidades para ficar em pé em lugares poucos propícios para tal

E em vez da queda,
meu riso de escárnio

Campos dos Goytacazes - RJ

      A mudança nunca muda:
quer sempre o novo

      E eu, sempre renovado,
quero mudanças

      Não, ninguém precisa mudar ao meu redor
      Ai de mim, se eu tivesse que esperar pelos outros
      São tantos os preguiçosos de viver

      Agora, estou em uma cidade que há pouco não conhecia,
morando em uma casa antiga, que há pouco não conhecia,
conversando com  pessoas que também não conhecia
e algumas delas parece até que conhecia há muito tempo,
porém, há pouco também desconhecidas

      Nesse exato momento,
olhando pela janela enorme típica das casas antigas,
escrevo em meu velho caderno já tão conhecido por mim:

      Morarei eternamente no mesmo lugar:

na mudança






E amanhã, quem sabe,

um outro lugar?

terça-feira, 4 de setembro de 2012

Novos Horizontes...

     Aí eu resolvi voltar para Sergipe, passar uns meses lá, juntar uma grana e viajar novamente em janeiro com minha Clarice...

     Mas no segundo dia de viagem, depois de acertar minha dormida em Campos dos Goytacazes, no Rio de Janeiro, quando voltei para ligar o carro para guardá-lo, nada de ligar. Depois de umas olhadas  e tentativas, nada. Ligo pro seguro. Problema: motor. Gasto: fudido. Dinheiro: não tenho. Tempo para conserto: vai demorar um tempo...

    Aí em vez de me estressar, ou ficar com raiva, fui almoçar achando graça de tudo. De repente, em um som ambiente, a música hino da viagem: Infinita Highway...

    Outras coincidências aconteceram...

    No outro dia, aluguei um quarto por aqui...


Novos Horizontes (Engenheiros do Hawaii)
Corpos em movimento
Universo em expansão
O apartamento que era tão pequeno
Não acaba mais


Vamos dar um tempo
Não sei quem deu a sugestão
Aquele sentimento que era passageiro
Não acaba mais

Quero explodir as grades
E voar
Não tenho pra onde ir
Mas não quero ficar


Novos horizontes
Se não for isso, o que será?
Quem constrói a ponte
Não conhece o lado de lá

Quero explodir as grades
E voar
Não tenho pra onde ir
Mas não quero ficar

Suspender a queda livre
Libertar

O que não tem fim sempre acaba assim


          E as coincidências continuam acontecendo...