quinta-feira, 26 de abril de 2012

Muitos seguem tudo à risca

Risquei a risca

E rabisquei uns versos

A busca da vida

A isca do universo
 
 
 
 

quarta-feira, 18 de abril de 2012





O vento não inventa
Apenas passeia
E quanto mais concreto,
mais ele escasseia

O vento voa livre
Desvia das pedras, balanças as folhas, os cabelos...
e sussurra em nossos ouvidos:

Vai...olha a vida!!
Escutei, voei, dei vida
Dei até a minha vida


O vento é invisível
E pode ser, apenas, sentido

Agora tudo faz sentido

Sem liberdade,
a vida não faz sentido

O vento não inventa

E apesar de tantos inventos,
é no sentimento
que a vida passeia

domingo, 15 de abril de 2012

quinta-feira, 12 de abril de 2012

BRINCANDO DE VIVER



 É como se o amanhã de amanhã abarcasse todos os amanhãs que virão...

 www.brincandodeviver2.blogspot.com

INVEJA BRANCA

O vento sopra
As folhas balançam
O tempo passa
Eternas crianças

"sou uma pessoa que
ama e adora.

mas confesso que
nessa arte,

sou amadora."



"Tudo finge,
engana,
nada é verdade.

E todos dançam
com suas máscaras
no Baile da Realidade."



"Cobrou dela o porque
de não lhe ter dito isso
ou aquilo.

Ao que ela lhe respondeu que
não se diz essas coisas a
um rapaz comprometido.

Coisas essas a serem ditas
ao pé do ouvido.

Compromissando
os sem compromisso."

"fizemos amor em praça pública
sob o olhar de curiosos
que fingiam censurar
que fingiam não enxergar.

fizemos amor em praça pública
nem as roupas impediram
muito menos a luz do dia.
para nós nada lá havia.

Abençoados pelos bancos,
pelas árvores,
pelos carros e
suas buzinas."



"Lua minguante ,

céu estrelado,

e eu estou cheia
."

Aline Gomes

segunda-feira, 9 de abril de 2012

"isso de querer ser
exatamente aquilo
que a gente é
ainda vai
nos levar além"

"Escrevo. E pronto.
Escrevo porque preciso,
preciso porque estou tonto.
Ninguém tem nada com isso.
Escrevo porque amanhece,
E as estrelas lá no céu
Lembram letras no papel,
Quando o poema me anoitece.
A aranha tece teias.
O peixe beija e morde o que vê.
Eu escrevo apenas.
Tem que ter por quê?"

"Amor, então,
também, acaba?
Não, que eu saiba.
O que eu sei
é que se transforma
numa matéria-prima
que a vida se encarrega
de transformar em raiva.
Ou em rima."

"pelos caminhos que ando
um dia vai ser
só não sei quando"

"vazio agudo
ando meio
cheio de tudo"

Do FODA  Paulo Leminski

sábado, 7 de abril de 2012

Não estou perdido como lhe parece

Estou é encontrado

Aí sim,
é que me perco no meio dos perdidos

sexta-feira, 6 de abril de 2012


Tenho medo de cair
Tenho medo de altura
Mas foi lá no ar
Que encontrei minha cura

Por que andar com os pés no chão,
se tenho asas? (Eu sei, eu sei...você não enxerga)

O medo?
É só um mero detalhe

O detalhe principal

Primeiro comecei assim, devagarinho
Estranhava aquela pressa
e eu nem ligava para o que chamamos de tempo
Aí eu vi que eles queriam viver
Devagarinho, comecei a apressar meus passos
Como eles estavam em minha frente,
quando cheguei nos passos que eles já tinham passado,
não consegui entender o que era
E já que eles foram em minha frente,
erraram primeiro
E eu, vindo atrás, fui aprendendo com eles, com os erros deles
Até que acelerei demais e vi que não era nada demais
A pressa deles era uma exibição pura e barata
Tranquei-me em meu quarto
E recomecei do zero
Com a experiência de um adulto
Devagarinho, comecei a voar
E do alto, agora vejo muito bem:
Eles estão andando na direção contrária

quarta-feira, 4 de abril de 2012

Era ela!!

Um dia a vi,
não sei o que eu senti,
mas uma voz silenciosa
sussurrou dentro de mim:
- É ela... É ela!!

Abri meu peito,
a porta e as janelas
- Pode entrar,
como entra a primavera
Nem perguntei seu nome,
eu já sabia sua vida completa
Era ela, era ela,
que iria me completar

Preparei a mesa, fiz o jantar
Apaguei as luzes, acendi a vela
E juntei meu eu para juntar o meu eu
com o eu dela

Era ela e era bela

Minha mão segurando a dela
Nem era preciso mais vela
No escuro a gente sabia enxergar

Era ela, sem exagerar

Enxuguei minha alma já encharcada
E vi ali mesmo, sua alma escancarada,
desesperada querendo também secar

Seus olhos molhados molhavam meus dedos
Naquele instante não havia nenhum medo
que fizesse a gente se desgrudar

Era ela, era ela,
a menina bela

Eram meus olhos molhados molhando os dedos dela
Era a melhor noite da minha vida e quando perguntei o nome dela
Finalmente acordei e seu nome era sonhar

Mas era ela, era ela,
a menina bela,
que iria me completar